Hora de...

Hora de...

 

Passarinhos esvoaçam ao fim da tarde

à procura das raras árvores desnudas

e desprezadas...

Ruas em movimento, carros em disparada...

Barulhos de breques e de buzinas tentam

espantar a noite, mas ela continua na

sua caminhada...

Um mendigo chamado homem de rua

carrega nas mãos a colcha esfarrapada...

O cão companheiro de todas as horas

enrola-se sobre si mesmo  e olha para ele  com tristeza

ao verificar tanta pobreza...

O sol que acaba de se esconder, deixa no céu

rastros de luz cansada e desmaiada...

Um sino rouco despede-se do dia e anuncia

a hora da Ave Maria...

Chega a hora orar...

Chega a hora de pensar...

Chega a hora de  recolher a ambição que nos

afligiu durante o dia,

hora de pensar em Deus e

rezar a Ave Maria!

Compartilhar: