Nas costas da brisa...

Nas costas da brisa...

 

A madrugada caminha nas costas da brisa

que passa suave e lenta

pela mata sonolenta...

Os pássaros ainda dormem,

as flores ainda estão de portas fechadas

sem mostrar suas fachadas

e o orvalho campeia por entre as folhas à

procura das flores multicores

como um sultão das arábias

procura durante a noite suas odaliscas

em seu harém colorido de faiscas!

Os poetas em repouso

deixam a alma passear

para novo poema encontrar!

É silêncio na madrugada

e até os relâmpagos distantes

não acordam as nuvens amantes:

deixam-nas repousar.

É hora de silêncio...

É hora que a hora repousa,

é hora em que somente os sonhos

fazem a vida mudar...

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