O velho

O velho

                                             O velho

 

 

Chuva cai na tarde triste

do pobre velho prostrado

que à velha porta, sentado,

dia a dia mede o tempo.

Nada novo, tudo é velho

na casa e no pensamento.

A esperança companheira

que o seguia faceira,

de longe lhe disse adeus.

Rapidamente partiu

numa nuvem passageira

que de soslaio ele viu.

Entretido, acabrunhado

no extremo banco sentado,

da vida que vê correr,

ele vai contando os dias,

sem ter muitas alegrias...

Tem preguiça de viver.

 

 

                                     

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