Trabalhador honesto...
Ele era um trabalhador como outro qualquer. Era viúvo e não tinha filhos. À tarde, ao chegar do trabalho, preparava o jantar e o almoço do dia seguinte. Um retrato da falecida esposa vigiava-o do alto da parede. Todas as semanas ele retirava-o para limpar a poeira que, por acaso, nele estivesse. Sempre era obrigado a enxugar algumas lágrimas que lhe escorriam pela face ao limpar o retrato. Lúcia fora o seu primeiro e último amor. Casara-se com ela aos 18 anos. Ela tinha 16. Que convivência! Como se entendiam! Que felicidade! Tudo havia passado, mas a vida dele continuava.
Ele trabalhava em grande oficina de automóveis. Certo dia, encontrou no porta-malas de um carro, um pacote de dinheiro. Pegou o pacote e o levou ao escritório da oficina. Ao entregar o pacote no escritório, ficou sabendo que o carro era roubado e o dinheiro furtado à saída de um banco. Na hora do almoço os colegas o censuraram e o chamaram de bobo. Deveria ter ficado com o dinheiro para ele! Não se importou com a censura dos colegas e continuou seu trabalho. À tarde, ao deixar o trabalho, foi para casa, olhou para a fotografia de Lúcia, fechou os olhos, imaginou a presença dela e perguntou-lhe se teria feito o certo ou o errado, como se a visse à sua frente!
“Nada de errado, meu querido, gostaria de estar ao seu lado para comemorarmos juntos a sua maravilhosa atitude!” Ele abriu os olhos para ver com eles o que sua mente acabava de criar e de ouvir! Estava só, muito triste pela ausência de Lúcia, mas com uma pontinha de felicidade por sentir que ela, mais uma vez veio felicitá-lo pelo gesto tão grandioso, apesar de estar ausente e tão longe dele!
Como é bom ficarmos sabendo sobre essas histórias! Dá-nos a sensação de que estamos caminhando para termos um país melhor! Vamos acreditar? Acho que sim! A esperança, esse grande farol que haverá de iluminar o nosso país, haverá de suplantar a hipocrisia! Viva o nosso querido Brasil!