Quando as coisas se apertam na empresa, você tira o macaco?

Quando as coisas se apertam na empresa, você tira o macaco?

Uma velha historinha contada entre publicitários era de que um roteirista de Hollywood, em busca de um produtor, bateu em várias portas para encontrar alguém que quisesse produzir um filme que ele havia acabado de criar. Depois de várias tentativas, encontrou um que se dispôs, mas que pediu uma “pequena” alteração no roteiro como sugestão: que ele retirasse o macaco do filme. 

Sabem de que roteiro estamos falando? 

- King Kong!

Quando uma empresa encontra barreiras no mercado, seja por diminuição de consumo ou por qualquer outro motivo, geralmente, ela busca fazer cortes para poder se adequar à nova situação. Só que muitos cortes significam o mesmo que a historinha que acabei de contar.

Eles significam o fim de um possível ou antigo sucesso, de algo que funcionou até então mas que deixará de funcionar, não pela crise, mas pelos cortes que foram feitos para adaptação à nova realidade.

É o restaurante que fez sucesso com determinados pratos, mas que sacrifica ingredientes, por vezes vitais para o seu sucesso e acabam determinando o fracasso pela ausência dos mesmos.

É como os Rolling Stones sem o Mick Jagger, e o Mick Jagger sem os Stones, lembram-se  disso? E o Mick bem que tentou, mas não funcionou. 

Ou uma equipe vencedora de Fórmula 1 que ficou com um motor que não acompanhou o desenvolvimento de outras equipes e deixou de ser vencedora, como a Red Bull Racing. Mas já estão corrigindo sem desestruturar os fatores de sucesso.

Sucesso é resultante de um conjunto de fatores que, geralmente, não podem ser dissociados.

Fica a pergunta: O que fazer então nessas circunstancias? 


Algumas entre muitas possibilidades: 

1- Reduzir proporcionalmente os fatores de sucesso é uma delas;

2- Diminuir quantidade de produção e reduzir área geográfica de atuação;

3- Diminuir número de clientes mas não sacrificar margens. Empresas foram feitas para ganhar dinheiro!

 

E o que não fazer?

“Tirar o macaco” do produto ou serviço oferecido.


Um bom funcionário, um bom fornecedor, bons ingredientes e bons serviços podem, perfeitamente, se adequar à sua nova realidade, mas você não deve negligenciar a importância deles, simplesmente os eliminando. 

Elimine o supérfluo de fato, não o ingrediente de sucesso. Busque soluções realmente criativas para abordar novos clientes.

É melhor reduzir o banco de reservas mas não cortar os craques do time.

Quando um mercado reduz, ele não reduz proporcionalmente. Alguns perdem, alguns perecem e alguns crescem. Pense nisso!

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