HENRIQUE FURQUIM PAIVA

HENRIQUE FURQUIM PAIVA

                  A Morte... 

Tão difícil é ver partir, pra nunca mais... Se os pais, quebram a promessa aos filhos ainda pequenos de que nunca partirão Se os filhos, a dor lancinante e a incompreensão da inversão da ordem natural, a perda da expectativa do futuro. Se os amigos, o sofrimento de não mais contar com a companhia e o afeto. Se o marido ou a esposa, a confirmação de que a morte pode separar os casais, por mais forte e intenso que seja seu amor. Afinal, qual seria a imagem da morte? O barqueiro do Hades que, por uma moeda, atravessa o rio que separa a vida do espírito. A figura altiva e sinistra do encapuzado que carrega uma foice sem nenhum contato de olhar, ou, simplesmente a Luz que atrai e carrega a alma para o universo. Não sei, ainda não morri e, não sei se retornarei para dizer como de fato seria, não, acho que não retomaria, nem morto... A verdade é que estamos fadados a trocar nossas vidas por nossa existência, e a morte é o rompimento que transforma o convívio em saudade. Não sabemos ainda viver sem rolar uma lágrima nos olhos quando lembramos daquele que nos é amado e, a morte, num instante de inveja, nos leva o que era mais precioso. A vida é assim, de encantos, amor e despedidas!

 

Henrique Furquim Paiva

Advogado e escritor

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