ACESSIBILIDADE - Visual Merchandising

ACESSIBILIDADE - Visual Merchandising

arquitetura inclusiva

Qualquer pessoa que tenha algum tipo de comprometimento físico, sensorial e ou intelectual, pode ser considerada pessoa com deficiência. As pessoas idosas também podem apresentar alguma mobilidade reduzida, alterações sensoriais ou prejuízos cognitivos. Todos estamos sujeitos, em qualquer momento, a ser diagnosticado em um dos grupos citados, seja tempora ou permanentemente.

 

O chamado Desenho Universal é um conceito que busca conceber espaços, artefatos e produtos com a maior eficiência e acessibilidade possível a todas as pessoas, proporcionando independência e autonomia de uso. Para tanto, fatores como variações antropométricas, sensoriais e cognitivas são estudas para desenvolver projetos universais.

 

Algumas pessoas necessitariam de um gabarito diferenciado de móveis, objetos e instalações daquele produto do comum a todos. O ideal é pensarmos no individual como um coletivo, ou seja, o que facilita ou até mesmo torna possível o manuseio e utilização de algum objeto para alguns, deve ser pratico e atender a todos. O acesso e a circulação confortável e segura nos ambientes que estão plenamente adequados às pessoas nas suas mais diversas condições, também será para os homens e mulheres no padrão normal de definição da antropometria por exemplo, que estuda as medidas do ser humano e determina o alcance e variações dos movimentos. 

adaptação

Uma importante ferramenta para isso é o Visual Merchandising, que, quando utilizada pelo mercado de vendas, o beneficia na medida em que amplia os estímulos dos sentidos, proporciona acessibilidade, permite aumentar o número potencial de clientes e melhora a satisfação dos mesmos. 

 

Como o objetivo do comércio é vender, muitas empresas pensam em despertar o desejo do consumidor e reforçar suas necessidades de compra através do próprio espaço físico, sempre visando lucros maiores. 

A ambientação do local passa a ser uma das chaves essenciais para o sucesso do negócio. Por isso a iluminação, os sons, os cheiros, as cores, a comunicação visual, os mobiliários e sua distribuição são criteriosamente estudados e definidos conforme o público alvo. 

Nesse contexto, a iluminação inclusiva não deve gerar: ofuscamento, grandes áreas de sombreamento e significativas adaptações oculares. As áreas de interesse e relevância devem ser destacadas. 

O uso do som deve ser muito bem avaliado para não causar desconforto aos usuários que ficam em períodos prolongados. Recursos como fontes de água e músicas, quando devidamente aplicados, podem contribuir para uma identificação dos diversos setores, facilitando inclusive, no deslocamento de pessoas cegas ou com baixa visão. 

iluminação inclusiva

A aplicação de essências para estimular o olfato também é bem-vinda, quando utilizadas com moderação e devem estar alinhadas ao tema do local. Lojas de calças jeans para homens, por exemplo, costumam ter um cheiro mais amadeirado. 

As cores, por sua vez, podem ser utilizadas para caracterizar áreas específicas ou andares, facilitando também no reconhecimento das mesmas. Além disso, cada cor está atrelada a uma sensação. O azul tranqüiliza, o branco traz paz, o amarelo carrega a alegria, o vermelho é associado à agitação, o rosa ao amor e o verde a natureza. Dessa forma, as cores devem ser utilizadas com critério. O setor de lingerie, por exemplo, costuma ter elementos na cor rosa ou vermelho. A área infantil masculina costuma apresentar elementos na cor verde ou azul. 

Um fato interessante é que estudos científicos mencionam que trabalhar com dois órgãos do sentido, como por exemplo, visão e olfato, potencializam os registros no cérebro, como resultado a logomarca da empresa fixa melhor na memória dos consumidores, além do ponto de venda. 

Cabe ainda mencionar sobre a comunicação visual, que para ser inclusiva deve ser: legível, clara, objetiva, respeitando textura,dimensionamento e contraste de cor. Os textos e figuras precisam ter contornos fortes e bem definidos, forma fechada, completa e com continuidade. 

logomarcas com cores e sons
Os equipamentos de exposição, tais como: balcões, araras, estantes expositoras, expositor de parede, expositor central e complementos, são mobiliários que serão utilizados pelos consumidores finais diariamente, devendo ser acessíveis e seguros, apresentando cantos arredondados, firmeza e estabilidade. 

manequins
Os produtos devem ser dispostos de forma que pessoas de várias estaturas possam alcançá-los com autonomia e independência, sendo indicada a colocação de peças repetidas nas áreas inacessíveis. 

Todos esses recursos devem trazer maior identidade para o local e seus efeitos positivos poderão ser percebidos tanto pelo empresário como pelos clientes, resultando na configuração de espaços atraentes, inclusivos e lucrativos. 

Compartilhar: