VOCÊ ACREDITA NA CAPACIDADE DO DIFERENTE?

VOCÊ ACREDITA NA CAPACIDADE DO DIFERENTE?

passaros

As dificuldades dos professores aparecem no conflito em lidar com o diferente, ainda mais quando falamos de um aluno com deficiência na sala de aula, uma atenção que exige desprendimento, atenção e muito preparo para o já atribulado cotidiano escolar.

O dia a dia de uma criança com deficiência requer muita atenção, um ambiente adaptado e não levar em conta detalhes e questões próprias do “mundo do diferente” é incorrer no erro da dispersão. 

O olhar individual sobre o aluno com deficiência na sala de aula são os apontamentos essenciais para esse aprendizado.

A falta de uma carteira adaptada, o barulho gerado por outro colega de classe, a falta de um material pedagógico específico ou o barulho da lâmpada no ambiente da sala de aula impedem o aluno com deficiência desenvolver a plena capacidade de aprendizado. É preciso fazer um trabalho de conscientização específico e de capacitação de profissionais especializados na inclusão.

Estímulos
Os estímulos ao desenvolvimento precisam ser realizados o mais cedo possível. Por exemplo, é comum os pais demorarem a perceber os sinais de autismo ou terem condições financeiras de prover o tratamento adequado para seus filhos com deficiência. Em muitos casos rejeitar o diagnóstico impossibilita o indivíduo alcançar a plenitude de sua capacidade.

O diagnóstico médico, especializado, dificilmente é oferecido a todas as famílias. Quanto mais cedo a pessoa com deficiência for estimulada em relação a sua condição mais ela terá sucesso na resposta.  

Comunicação
No caso do autista, ele tem um modo próprio de interagir com o meio e sua compreensão de cada rotina é que vai determinar sua ambientação natural ou o surgimento de estresse na relação com os demais alunos e a professora. É preciso entender e saber alterar a rotina de forma adequada a não perturbar o aluno. O universo específico da linguagem do autista deve ser compreendido. Os professores precisam entender que o aluno com deficiência precisa ter todas as suas atividades previamente organizadas.

A capacitação do profissional que vai lidar com alunos autistas deve perpassar por diversas áreas.

A rotina e os cartões com figuras 

Batizado de PECS e desenvolvido nos EUA pelo psicólogo Andrew Bondy e pela fonoaudióloga Lori Frost, o método utiliza uma forma de linguagem prática, sistematizada e de rotina que facilita a relação com o autista.

Elas não devem ser utilizadas com todos os alunos autistas.

Este material utiliza cartões com figuras que representam objetos e situações que a criança utiliza para expressar aquilo que almeja. Esta abordagem amplia o repertório comportamental de alguns alunos com autismo, servindo como um dos instrumentos de comunicação.

De baixo custo, esta técnica pode e deve ser revista sempre que necessário, permitindo a qualquer criança com dificuldade de comunicação interagir em diferentes ambientes sociais.

Esse sistema foi originalmente desenvolvido para crianças com espectro do autismo em idade pré-escolar. Mas o método está sendo usado por crianças e adultos com outros diagnósticos que apresentem dificuldades com a fala e a comunicação.

O sistema de ensino regular não está preparado para atender os alunos com deficiência. A educação especial especializada não pode ser dispensada, por ser direito previsto em inúmeros diplomas legais.

Os níveis de deficiência determinam relações e sistemas de aprendizado específicos. Muitos alunos com deficiência frequentam a escola regular e também precisam de cuidados no contra turno. Verificamos que é necessário um professor especializado por aluno. Porém, esta situação não ocorre no sistema tradicional.

Para disseminar e sistematizar a educação especial na rede, faz-se necessária a contratação de profissionais com formação específica. O professor de educação especial que deveria, por lei, atuar na rede municipal de ensino é quem orienta o educador regular, o cuidador e os demais profissionais de educação.

Na formação acadêmica do magistério, os professores não são habilitados para as especificidades das pessoas com deficiência. A inclusão escolar ainda é um desafio e o direito dos alunos com deficiência é dioturnamente negado.



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