Longe de ser uma pessoa viajada pelo mundo, o pouco conhecimento que pude absorver sobre a educação das crianças “lá fora”, a diferença na educação dos pais brasileiros, com relação a países europeus, em sua maioria, existe sim! Mas será que estamos errando tanto assim, e em massa?!

Na verdade, pelo que é possível depreender com a leitura dos livros relacionados à educação francesa, dinamarquesa, e ,também, pelo que pudemos observar através das viagens que “lá” fizemos, há sim a imposição de LIMITES com INDEPENDÊNCIA. Estas palavrinhas talvez sejam ignoradas atualmente pelos pais brasileiros!

Em busca de dar o melhor aos filhos, muitos pais e mães tentam agradá-los, recompensando-os materialmente por suas ausências, e se preocupam, quando estão por perto, em não negar nada (pleonasmo proposital), para evitar perder momentos prazerosos com os filhos! Os dias de trabalho, cotidiano atribulado, pesam tanto sobre os pais que alguns sentem que ser permissivos é o mesmo que felicitar os filhos!

Ora, sabemos que a infância saudável é aquela que tem, sim, muita dedicação dos pais, mas também é aquela direcionada e auxiliada por LIMITES estabelecidos sobre o certo e o errado, LIMITES estes que são necessários para nortear o caminho dos nossos filhos! A vida, a escola, os amigos, cobrarão isso dos nossos filhos, então, é com muito tato que na prática deve-se adequar tais limites, mas sem perder mão do estímulo à independência da criança! São através de atitudes simples como: evitar dar presentinhos TODAS as vezes que vão aos shoppings, mesmo que hoje ele peça somente uma bolinha de R$1,00 (da tão chamativa máquina colorida), pois amanhã, consequentemente, ele entenderá que terá sempre uma compensação a cada passeio que fizer, e daí não será somente o ganho de um mimo, e sim o carro do ano, a “bola da vez“!

Essa ânsia de ser agradado a todo o tempo não acaba nunca, e é um caminho perigoso para um ser em formação! Pedir, deixar pagar a própria refeição e receber o troco (dependendo da idade da criança), ajudar nas tarefas de casa, carregar a mochila ao adentrar à escola, todas essas pequenas atitudes, estimulam o desenvolvimento da criança, para exercer sua independência com os limites devidos a cada situação e a cada fase de sua vida! Portanto, não somos deseducadores ou piores por sermos brasileiros, pois temos coração cheio de amor e simpatia e com isso podemos e devemos somatizar o que temos de melhor, aliando a responsabilidade, independência e limites com a alegria genuína brasileira! Ensinemos que o “jeitinho brasileiro” é formar futuros cidadãos com independência, ética e muita felicidade!

 Autora : Bruna Miranda

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