João Rock reúne 45 mil pessoas

João Rock reúne 45 mil pessoas

Com atrasos no cronograma de shows, festival reuniu 45 mil pessoas de diversas cidades do país e figura no roteiro dos principais festivais do país

A 14ª edição do João Rock, realizada neste sábado, dia 13, reuniu aproximadamente 45 mil pessoas e caminha para se tornar um dos festivais de música mais importante do país.

Samuel Rosa, vocalista da banda mineira Skank, que apresentou seu repertório recheado de sucessos no festival ressaltou a importância do evento para a música brasileira. “É sempre muito especial subir ao palco e encontrar 50 mil pessoas e sentimos realizados por participar do João Rock”, comentou o vocalista.

O carioca Gabriel, o Pensador se apresentou pela primeira vez no João Rock e citou a empolgação de tocar um festival. “Sempre tem uma energia maior, que vem da galera, quando há um público grande, em espaço aberto, como é aqui [João Rock]. Então a gente já vem mais empolgado”.

O compositor retornou a Ribeirão Preto após dois anos, pois, o músico havia tocado em Ribeirão Preto em dezembro de 2012. “Tenho pousado aqui [na região] recentemente, fizemos um show em Franca, São José do Rio Preto e Ribeirão Preto já tem esta marca que é o João Rock, uma galera que realmente gosta de música e sabemos que o público do festival não é só de Ribeirão Preto e aqui eu me sinto em casa, bem recebido. Obrigado por terem aparecido”. Salienta.

Público

O evento atraiu público de outros estados brasileiros. O designer Thomas Cosin (à direita na foto), empresário da agência “Os Caras da On”, de Maringá (PR), com filial em Ibitinga, visitou a cidade acompanhado por um grupo de amigos para conhecer o João Rock e assistir, dentre as atrações, ao show do cantor Criolo e salientou pontos positivos e negativos do evento.

“Sabemos da importância do festival para a região e para a música, mas achei que a organização deixou a desejar em alguns quesitos importantes: os shows começaram com atrasos e não havia locais para o descarte do lixo. O que deixou o recinto bem sujo”, pontua.

Atrasos

Previsto para começar às 17h30, o rapper paulistano Criolo subiu ao palco com 30 minutos de atraso e a demora foi sentida com maior intensidade no decorrer do festival. O CPM22, previsto para tocar às 22h30, começou o seu show depois da meia noite.

Consequentemente, a apresentação dos Raimundos, que deveria acontecer à 1h30 e encerraria o festival, começou às 4h30 da manhã.

Além dos problemas no cronograma do festival, outro ponto destacado pelo designer Thomas Cosin está relacionado à falta de espaço para bandas emergentes. “Existem muitas bandas que poderiam ter sido convidadas para tocar no Palco Universitário, mas a organização optou por bandas consagradas, inclusive, uma das atrações era uma banda de tributo [Urbana Legion – que tocou músicas da Legião Urbana], achei estranho”.

“Gostei bastante do show da cantora Pitty, que tocou músicas do novo CD. Mas, no geral, o festival não conseguiu fugir do óbvio”, completa.

Encontro de gerações

Com representantes de músicos da década de 1980 – como Capital Inicial e Frejat, o João Rock se mostrou ainda um festival para todas as gerações.

Maria Cristina Macul (52), de Campinas, optou por aproveitar a noite de sábado de forma diferente. A campinense visitou o festival acompanhada pelo marido, Marcos Macul, e pelos filhos Thomás e Vitor Macul.

Ela conta que a admiração pelas bandas da década de 80 e 90, entre elas, Capital Inicial, Skank e Frejat, a fez visitar o evento. “As bandas de hoje não são somente dos jovens. São da minha época também, e o João Rock nos levou a tempos passados”, comenta.

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