A recuperação da Cianê

A recuperação da Cianê

O prédio da Cianê corresponde à antiga Fábrica das Indústrias Reunidas Matarazzo, que funcionou de 1945 a 1981

Cinco meses após o tombamento definitivo da antiga Fábrica das Indústrias Reunidas Matarazzo, a Cianê, o projeto cultural que será implantando no prédio está pronto e só precisa agora de recursos financeiros para se tornar realidade. De acordo com Adriana Silva, secretária Municipal da Cultura, embora o tombamento tenha saído em agosto do ano passado, a captação de recursos ocorre há muito mais tempo. O projeto total da obra na Cianê foi protocolado e prevê um valor de R$ 20 a R$ 23 milhões. Técnicos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico Social (BNDES) conheceram o plano de trabalho de R$ 9,8 milhões elaborado pela Secretaria Municipal da Cultura junto ao Instituto AS, para, nos próximos meses, definirem se participam ou não. “É como cumprir uma etapa. Os órgãos avaliam positivamente quando o bem é restaurado, por isso, o tombamento da Cianê era necessário para facilitar a captação de recursos”, explica a secretária da Cultura.

Ainda segundo Adriana, os três galpões da antiga fábrica, localizada no bairro Campos Elíseos, foram doados à Prefeitura, sendo que o projeto visa à ocupação desses galpões. As negociações para a doação do prédio à cidade iniciaram há dois anos, tendo sido montada uma comissão para estudar a mudança do Arquivo Público Municipal para uma nova sede. Segundo Sérgio Piancatelli, gerente da agência central do Itaú (proprietário da área), a doação se tornou necessária por ser de interesse à população.

As condições do Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), firmado entre a Prefeitura e a promotoria, incluem no projeto arquitetônico a transferência do Arquivo Público Municipal para um dos galpões da Cianê, bem como a Biblioteca Municipal “Guilherme de Almeida”, a Fundação Instituto do Livro e a Casa da Memória Café com Açúcar. Outro galpão abrigará o Museu da Imagem e do Som (MIS), enquanto o terceiro ficará reservado para uma eventual ampliação da Escola de Formação Tecnológica (FORTEC).

O tombamento

Tombado pela Secretaria da Cultura de Ribeirão Preto em agosto de 2010, o prédio da Cianê corresponde à antiga Fábrica das Indústrias Reunidas Matarazzo, que funcionou de 1945 a 1981. Com uma área de 39 mil m², os prédios, abandonado há quase de 20 anos, estavam sendo saqueados e ocupados de forma ilegal.

Revide On-line (Colaborador: Fernando Belezine)
Fotos: Ibraim Leão

*Matéria publicada em 10/02/2011

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