Carteiros reivindicam melhores condições de trabalho

Carteiros reivindicam melhores condições de trabalho

Em protesto na manhã desta quarta-feira, cerca de 100 funcionários dos Correios pediram mais segurança e denunciaram sobrecarga de trabalho

Cerca de 100 funcionários dos correios protestaram na manhã desta quarta-feira, 27, na esplanada do Theatro Pedro II e em frente à agência da rua Álvares Cabral, por melhores condições de trabalho. Depois da manifestação na esplanada, os carteiros seguiram em passeata até a agência, onde se concentraram e fizeram reivindicações.

A paralisação realizada nesta quarta-feira ocorre em nível nacional, mas em Ribeirão Preto e algumas cidades da região é possível que os carteiros continuem paralisados em função da suspensão do convênio médico, que teria ocorrido há duas semanas.

Os carteiros não fazem reivindicações de reajuste salarial, mas pedem melhores condições de trabalho, com a contratação de novos funcionários, já que não tem ocorrido reposição dos que deixam a empresa ou se aposentam, de acordo com o Sindicato dos Trabalhadores na ECT (SINTECT).

“Nos últimos anos a empresa demitiu e não repôs. E isso tem prejudicado bastante a qualidade do trabalho que o tradicional carteiro executa em todo o País. O último concurso para contratação de novos funcionários foi feito em 2011”, disse a diretora do SINTECT-RPO, Fernanda Romano.

A diretora sindical também afirmou que há muita insegurança no trabalho dos carteiros. “O número de assaltos cresceu muito nos últimos anos”, comentou. Uma reestruturação que vem sendo adotada pelos Correios também é criticada pelos funcionários, principalmente a entrega alternada (dia sim, dia não) de correspondências.

“Além de sobrecarregar os carteiros, a mudança prejudica a população, que está acostumada a receber correspondências todos os dias”, aponta a diretora do sindicato.

Fernanda Romano informa que duas agências de Ribeirão Preto (Novo Shopping e Bonfim Paulista) podem ter suas atividades encerradas, além de unidades em cidades da região, como Monte Alto e Itápolis. Em todo o País, a previsão é de fechamento de 2 mil agências.

Questionada por e-mail e telefone, a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) ainda não se manifestou sobre o assunto.

Fotos: Guto Silveira

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