Clubes querem lei para vender cervejas em estádios

Clubes querem lei para vender cervejas em estádios

Presidentes alegam que torcedores bebem antes da partida e que brigas não ocorrem por embriaguez, mas por “ignorância”

Os presidentes do Botafogo, Gerson Engracia Garcia, e do Comercial, Brenno Spinelli, estiveram na Câmara no final da tarde desta terça-feira, dia 25, para pedir a aprovação de um projeto de lei que permita a venda de cervejas nos estádios Santa Cruz (Botafogo) e Palma Travassos (Comercial).

Os dois, acompanhados de diretores dos respectivos clubes, se reuniram com os vereadores na sala da Presidência da Mesa Diretora e explicaram os motivos que os levam a fazer tal reivindicação. Os vereadores, aparentemente, apoiam a proposta.

Segundo Brenno Spinelli, a venda de bebidas no interior dos estádios é uma questão de convívio. “Muitos torcedores assistem a partidas de futebol pela televisão tomando cerveja. É um hábito. Só queremos que ele possa também beber dentro dos estádios. Não se trata de ganância”, afirmou.

O presidente do Leão disse que já há lei similar em Curitiba e Belo Horizonte e que em São Paulo um projeto está começando a tramitar. “Seria interessante Ribeirão Preto aprovar logo porque seríamos pioneiros no interior do estado”. Ele acredita que a permissão poderá aumentar o número de torcedores, porque hoje muitos já bebem antes de entrar no estádio.

Gerson Engracia afirma que a permissão é importante para que os clubes tenham o torcedor também como cliente, o que gerará receita para o clube não apenas com a venda, mas com o aumento do número de torcedores. “Alguma marca de cerveja pode ter a iniciativa de criar um camarote, por exemplo”, afirma.

De acordo com o presidente do Pantera, já existe do lado de fora do Santa Cruz uma área de comércio apelidada de “passarela do álcool” que é onde os torcedores bebem antes dos jogos. “Quando está chegando a hora do início da partida, forma-se uma grande fila, porque os torcedores ficam bebendo do lado de fora”.

E argumenta que não há casos recentes de brigas por embriaguez. “Não temos tido casos recentes de violência por causa de bebidas. As brigas geralmente ocorrem fora dos estádios e por ignorância de torcedores”, comentou.

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Fotos: Newton Barbosa/Câmara Municipal 

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