Em Ribeirão Preto, Geraldo Alckmin defende investimentos estatais para resgatar economia do país
Candidato estava acompanhado da cúpula do PSDB do município, além dos prefeitos da região metropolitana
O candidato à presidência da república Geraldo Alckmin (PSDB) esteve em Ribeirão Preto neste sábado, 25, para participar de uma reunião, convocada por Samanta Duarte Nogueira (PSDB), que concorre para deputada federal.
Além do prefeito Duarte Nogueira (PSDB), o evento também teve a presença dos prefeitos e representantes de cada uma das 34 cidades que compõem a região metropolitana de Ribeirão Preto. Antes do ex-governador de São Paulo tomar o palanque, após quase duas horas de atraso, o prefeito, a primeira dama e o vereador e candidato para deputado estadual Maurício Gasparini (PSDB) também falaram com o público.
Samanta foi a mais dura com as críticas ao sistema político do país. “Além das boas intenções, precisamos de pessoas que saibam fazer. Está muito fácil falar que está ruim [...]. Tem que mostrar como fazer e ter experiência para isso. Ter coragem de propor as reformas tributária, da previdência e política. Teve candidato prometendo até limpar o nome de todo mundo. Não podemos mais ser ingênuos”, comentou.
Ao subir no palco, Geraldo Alckmin definiu as eleições de 2018 como sendo a do ódio. Do “nós contra eles” e prometeu integrar todos os partidos visando uma melhor governabilidade. Dentre as pautas defendidas pelo presidenciável, o voto distrital, desburocratização da economia e o investimento estatal para a geração de empregos e recuperação da economia foram as mais faladas.
“O voto tem que ser distrital ou distrital misto. Porque, se não, é óbvio que [o modelo atual] vai levar ao corporativismo”, comentou. No sistema distrital, os deputados e vereadores são eleitos por maioria simples, como presidentes e governadores. Uma das vantagens é impedir que candidatos muito votados elejam outros colegas de partido. Um dos pontos fracos do voto distrital são as possíveis distorções, na qual candidatos muito votados podem ficar de fora.
No campo da economia, o candidato destacou o déficit primário do país, situação na qual o Brasil gasta mais dinheiro do que arrecada, sem contar o pagamento da dívida pública. Para Alckmin, a solução, no melhor estilo keynesiano, é o investimento por parte do governo na economia.
“Nós não vamos crescer sem investimento. Só com consumo a gente anda de lado. Precisa ter investimento para valer [...]. Fazer um grande canteiro de obras, gera muito emprego e infraestrutura”, declarou Alckmin.
Foto: Paulo Apolinário
