Geólogo analisa desmoronamento da rocha em Capitólio
Apesar da rachadura ser visível, especialista avalia que não era possível prever momento exato do desmoronamento
O desabamento da rocha no Lago de Furnas, em Capitólio, Minas Gerais deixou dez mortos e 30 feridos após atingir embarcações que estavam no último sábado, 8. Segundo o professor Cláudio Santos, mestre em geotecnia, o tipo e rocha e o volume de chuvas na região podem ter sido algumas das causas.
“Nas causas do acidente de Capitólio, podemos dizer que há fatores de risco e causas diretas. Os fatores de risco são o tipo de rocha e suas fraturas (padrões de quebras) existentes. As causas diretas estão relacionadas ao grande volume de chuvas neste último mês na região de MG”, explica Cláudio.
Segundo o geólogo, apesar de as causas diretas serem claras, dificilmente o ocorrido poderia ser previsto, já que o momento exato de ocorrência de um movimento de massa é algo incerto. A queda vista nos vídeos é um indício de que o movimento está na iminência de acontecer, da mesma forma que certas pessoas no momento, visualizaram e alertaram outros turistas mais próximos da rocha, mas esta percepção pode não ser tão clara ao público leigo.
De acordo com o Corpo de Bombeiros de MG, durante a última busca feita no lago, na noite de domingo, 9, foram localizados três corpos íntegros. Os mesmos foram repassados para a Polícia Civil de Minas Gerais, que está responsável por catalogar e contabilizar, comparando com as vítimas que estavam desaparecidas.
Além dos três corpos íntegros, a companhia informou que também foram encontrados segmentos corporais, que integram o acervo que a Polícia Civil irá trabalhar para a identificação e comparação das vítimas que estão desaparecidas.
Tipo de rocha na região
A formação rochosa na região de Capitólio possui fraturas, que significa padrões de quebras, em seu maciço rochoso, fazendo com que movimentos deste tipo, chamados de quedas e tombamentos de blocos, sejam bastante frequentes e considerados parte do processo natural de dinâmica de relevo.
Foto: Reprodução Redes Sociais
