Lançada campanha de combate a incêndios
Em parceria com grupos do setor sucroenergético, Abag/RP cria ações de prevenção, controle, monitoramento e combate a focos de incêndios, que, em 2014 aumentaram mais de 140%
Para minimizar os riscos causados por incêndios nos meses mais secos do ano, a Associação Brasileira do Agronegócio da Região de Ribeirão Preto (Abag/RP) lançou nesta quarta-feira, dia 15 de julho, a operação Corta-fogo.
A Instituição pretende envolver o poder público, o setor produtivo e a sociedade para evitar os prejuízos econômicos, sociais e ambientais causados pelo fogo.
A iniciativa visa a criar uma rede de comunicação entre os agentes produtivos, ampliar os canais de comunicação com a sociedade e esclarecer que o fogo é prejudicial à agricultura e à sociedade como um todo.
Em 2014, a estiagem prolongada gerou 25.578 ocorrências de combate envolvendo o Corpo de Bombeiros, brigadas municipais e de empresas dos setores sucroenergético e de silvicultura, no Estado de São Paulo. Em 2013 foram 11.056 atendimentos.
O aumento de incêndios em florestas aumentou mais de 140% entre 1º de janeiro e 3 de setembro. Neste período em 2013 foram 1.244 focos contra 2.981 no ano passado, destruindo 1.013 hectares em unidades de preservação.
Os mais atingidos foram os parques Estaduais Campos do Jordão, o de Itapetinga, em Atibaia, o de Juquery, em Franco da Rocha, e as Estações Ecológicas Jataí, em Luiz Antônio e em Ribeirão Preto. A Mata de Santa Tereza teve 90 dos seus 154 hectares atingidos por dois incêndios.
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Para a campanha, Marcos Matos, diretor da Abag/RP revela que a Instituição produziu anúncios para TV, rádio, jornais e revistas. Placas de alerta serão colocadas nas estradas com telefones das usinas mais próximas para facilitar a comunicação e garantir que o combate aos incêndios aconteça no menor tempo possível.
Mais de 100 mil cartilhas serão entregues para as comunidades do entorno das unidades produtivas e em escolas da região. As usinas colocarão seus técnicos à disposição para ministrar palestras de esclarecimento, treinar ou ajudar a formar brigadas municipais de combate aos incêndios.
A campanha conta com a parceria dos grupos Biosev e Raízen e apoio das usinas Pitangueiras, Moreno e Grupo Guarani.
PREVENÇÃO
Eduardo Neves, diretor de Operações da Biosev ressalta que o setor agrícola é responsável pela prevenção de incêndios e seu controle quando o mesmo não pode ser evitado. O Departamento Ambiental gerencia as ocorrências, realiza o mapeamento de criticidade e define junto ao time agrícola as medidas preventivas.
O treinamento é realizado internamente pela equipe de saúde e segurança do trabalho da unidade. “Os simulados são realizados frequentemente e a reunião mensalmente”, reforça Eduardo.
A Biosev ainda participa do Plano de Auxilio Mútuo em Emergências (Pame) da região de Ribeirão Preto em conjunto com outras empresas e o Corpo de Bombeiros. Seus representantes recebem orientações e repassam para os brigadistas.
A empresa, apenas no Polo Ribeirão Preto, possui 340 brigadistas, 50 caminhões bombeiros, torres e pontos de observação em toda área.
De acordo com sua assessoria de comunicação, a Raízen é pioneira no setor em acabar com os incêndios não controlados em terras administradas pela companhia.
A empresa tem hoje, 100% da operação mecanizada na colheita de cana. Monitora diariamente os canaviais para prevenir e combater eventuais incêndios de origem desconhecida ou acidental.
Além disso, mantem em suas unidades de produção uma equipe qualificada de brigadistas de incêndios, com aproximadamente 1.600 funcionários e 189 caminhões pipa.
GRUPOS ENVOLVIDOS
Usinas – Grupo Balbo (Santo Antônio e São Francisco), Grupo São Martinho (Iracema, Santa Cruz e São Martinho), Grupo Pedra Agroindustrial (Ipê, Pedra e Buriti). Usinas Batatais/Lins, Ipiranga/Iacanga, Santa Fé e Viralcool.
Associações de produtores – Associação dos Plantadores de Cana do Oeste de São Paulo (Canaoeste), Cooperativa dos Plantadores de Cana do Oeste de São Paulo (Copercana), Cooperativa dos Plantadores de Cana da Zona de Guariba e Socicana (Coplana) e Associação dos Fornecedores de Cana de Guariba.
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Fotos: Julio Sian e Divulgação
