Nasa mede consumo do Aquífero Guarani

Nasa mede consumo do Aquífero Guarani

Agência Espacial Americana utilizou dados de satélite que monitora a gravidade do planeta, que permitiu identificar a quantidade de água existente nas bacias subterrâneas

Um terço das maiores bacias de águas subterrâneas do mundo estão sendo esgotadas pelo consumo humano. Esta foi a conclusão de dois estudos da Universidade da California, divulgados esta semana no site da Agência Espacial Americana (Nasa).

Entre as bacias estudadas, está o Aquífero Guarani, do qual uma das principais áreas de recarga fica na região de Ribeirão Preto. O Aquífero Guarani foi identificado em uma situação intermediária, com o nível da água tendo diminuído em média 1 milímetro a cada ano no período entre 2003 e 2013.

Ele se encontra em uma área que passa por Argentina, Uruguai, Paraguai e oito estados brasileiros.

De acordo com os pesquisadores, a população mundial utiliza as águas subterrâneas de forma indiscriminada, apesar de não haver informações precisas sobre a dinâmica de reposição dessas reservas.

Este é o primeiro estudo que analisou as perdas dos aquíferos, a partir de dados coletados no espaço, pela Nasa. As leituras dos satélites Grace, especializados em analisar a gravidade do planeta, permitiram a interpretação da quantidade de água e mostraram que 13 dos 37 maiores aquíferos estudados entre 2003 e 2013 estão sendo esvaziados em velocidade superior a da reposição de água nos sistemas.

Dos 13 aquíferos ameaçados, oito foram classificados como “superestressados”, por terem muito pouca ou nenhuma reposição natural, e cinco foram classificados como “extremamente” ou “altamente” estressados, o que varia de acordo com o tempo da reposição.

Os aquíferos mais sobrecarregados estão nas regiões mais secas do planeta, onde as populações usam intensamente águas subterrâneas. A equipe de pesquisa descobriu que o Sistema Aquífero Árabe, que atende 60 milhões de pessoas, é o mais superestressado do mundo. O segundo é a Bacia Aquífera Indu, no Noroeste da Índia e no Paquistão, e o terceiro é a Bacia Murzuk-Djado, no Norte da África.

Revide Online, com informações Agência Brasil
Foto: Arquivo Revide

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