Pais protestam por segurança de crianças em escola na Zona Oeste de Ribeirão
Ministério Público já pediu interdição do local anteriormente

Pais protestam por segurança de crianças em escola na Zona Oeste de Ribeirão

Na manhã desta segunda-feira, 1°, famílias foram até a porta da prefeitura pedir pela reforma do Centro de Atenção Integral à Criança e ao Adolescente do Antonio Palocci

Os pais e responsáveis de alguns estudantes do Centro de Atenção Integral à Criança e ao Adolescente Antonio Palocci (Caic), no bairro Jardim José Sampaio Junior, na Zona Oeste de Ribeirão Preto, realizaram na manhã desta segunda-feira, 1°, um ato de protesto em prol da segurança das crianças no colégio.

As famílias foram até a porta da Prefeitura Municipal de Ribeirão pedir pelas reformas e por uma resposta, pois, segundo o Ministério Público, o Caic não apresenta condições de infraestruturas para abrigar as aulas. Por conta dos riscos, o órgão chegou a pedir pela interdição do colégio na Justiça, mas até o momento nada foi feito.

A manicure Marina Varroni, de 41 anos foi com o filho até a Praça Barão do Rio Branco. “A escola está com muitos problemas. É um prédio antigo e nunca passou por reformas. Até então, nossos filhos estavam indo, pois nós não sabíamos da situação atual. Se deixarmos as crianças em um local como aquele e algo de ruim acontecer, seriamos nós os responsáveis. Viemos protestar para que a reforma aconteça o mais rápido possível”.

Marina e o filho compareceram no protesto

Da mesma maneira, a dona de casa Rosilene dos Santos, de 43 anos, pediu pelas melhorias no Caic. Ela acredita que a reforma poderia ser feita agora e que ao invés de transferir os pequenos. “Viemos pedir por uma reforma rápida, pois se demorar, as crianças serão transferidas e nós não temos condições de levar para outros locais. Eles poderiam antecipar as férias de julho e depois poderiam repor o tempo perdido. Aquela situação está muito perigosa”.

Rosilene espera reformas no local

Outro lado

Sobre o assunto, o Portal Revide procurou pela Secretaria Municipal da Educação, que informou que ainda não houve qualquer notificação sobre interdição da escola. Mesmo assim, já foram tomadas medidas emergenciais por meio de visitas técnicas para elaboração de diagnóstico. A pasta já providenciou os orçamentos e abriu requisição para a instauração do processo de compra em caráter emergencial.

A prefeitura diz que uma licitação já foi providenciada em que serão investidos R$ 3.702.077,81 em adequações elétricas e hidráulicas em toda a rede municipal de ensino e mais R$ 9.762.036,49 a serem investidos na manutenção geral das escolas municipais. Os envelopes serão abertos nos dias 9 e 10 de abril.

“Em 2017, a atual administração já havia iniciado o levantamento das necessidades relacionadas à manutenção dos prédios das unidades educacionais e elaborado o ranking de escolas que prioritárias e iniciadas as manutenções.  Já tiveram as reformas finalizadas o EMEF Nelson Machado. Atualmente, a escola Dr. Jaime Monteiro de Barros passa por reforma na parte elétrica”. 

A pasta ainda informa que, em 2018, foi aplicado recursos do orçamento público em índice superior ao limite mínimo exigido pela Constituição Federal na Educação Municipal. A aplicação de recursos em Educação atingiu 26,19% (acima do mínimo de 25% exigido pela legislação federal), ultrapassando em R$ 19 milhões os investimentos na área educacional do município.

 


Fotos: Pedro Gomes

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