Políticos cobram postura do Estado e lamentam morte de policial
O assalto a uma transportadora de valores em Ribeirão Preto na madrugada desta terça, 5, repercutiu entre as principais lideranças políticas do município
Políticos de Ribeirão Preto se manifestaram sobre o assalto no prédio da Prosegur, em Ribeirão Preto, na madrugada desta terça-feira, 5, nos Campos Elíseos. Mensagens de apoio à família do policial rodoviário morto na ação dos assaltantes e pedido de ação do Governo do Estado foram temas recorrentes.
A prefeita Dárcy Vera (PSD), disse que está “profundamente estarrecida” com o acontecido, porém, ela preferiu a não se aprofundar no assunto, em razão de restrições da lei eleitoral, mesmo que não possa mais ser candidata à reeleição, mas ainda apontou que a “segurança pública cabe ao governo estadual”.
O deputado federal, e pré-candidato a prefeitura de Ribeirão Preto, Duarte Nogueira (PSDB), afirmou que conversou com o Governador Geraldo Alckmin (PSDB), para que providências sejam tomadas para a captura dos bandidos, além de lamentar a morte do policial rodoviário Tarcísio Wilker Gomes.
“Lamentamos a morte do Cabo Wilker, e nossos sentimentos à família dele. Conversei nesta manhã, com o comandante geral da Polícia Militar no Estado, Ricardo Gambaroni, com o secretário de Segurança Pública do Estado, Mágino Alves Barbosa Filho, e eles disseram que ambos virão a Ribeirão Preto acompanhar a investigação. As procuras pelos bandidos e a investigação do caso já foram intensificadas, e temos certeza que logo mais esses bandidos vão ser presos, e eles serão punidos por esse gravíssimo crime”, disse Nogueira em vídeo publicado no Facebook.
O outro deputado federal da região, Baleia Rossi (PMDB), disse que é preciso a realização de um trabalho de prevenção para evitar a entrada no País de armas pesadas, como as utilizadas no assalto, e que conta com medidas do Governo Federal.
“A preocupação com a segurança pública é uma preocupação de todos, mas que precisa de ações concretas. O presidente [interino, Michel] Temer já convocou os ministros Alexandre Moraes e Raul Jungmann, para ações integradas na fronteira para intensificar o combate ao tráfico de armas pesadas, como as que foram utilizadas neste assalto. E precisamos cobrar ações efetivas do Governo do Estado de São Paulo para que isso não ocorra novamente”, afirmou Baleia.
O deputado estadual Rafael Silva (PDT) também criticou a postura do Governo Estadual, e apontou que é preciso haver aprimoramento dos serviços de inteligência para prevenção destes crimes, para evitar que voltem a acontecer.
“Quando existe a ausência a ausência do poder público, o crime organizado se manifesta. Muita gente fala que a polícia deveria ter estrutura para combater a violência depois que foi praticada, mas nem sempre isso representa a solução verdadeira. Quando um grupo si prepara para cometer um ataque como o que ocorreu, pega todos nós de surpresa. O mais importante seria um trabalho de inteligência, que envolve uma investigação profunda sobre a estrutura dessas organizações criminosas”, destacou Rafael.
O também membro da Assembleia Legislativa, Léo Oliveira (PMDB) criticou a “perda do controle do Estado sobre a violência”, e um dos motivos seria a perda de efetivo, o que compromete as investigações.
“Nas ruas os policiais militares não têm estrutura e reconhecimento profissional necessário. Vejo que temos que endurecer o combate ao crime, com policiamento ostensivo, trabalho de inteligência e investigação eficientes, além de policiais civis e militares melhores remunerados”, apontou.
Já o Welson Gasparini (PSDB) lamentou a morte de um policial na ação. “Durante cerca de uma hora, um estrondoso tiroteio foi ouvido em toda a cidade. Infelizmente, o policial Tarcísio Wilker Gomes, que fazia o patrulhamento, foi morto durante a fuga desses bandidos. Meus sentimentos e solidariedade à família e amigos desse policial”, afirmou.
Foto: Pedro Gomes
