Região: Desde janeiro, mais de 50 mil ficaram sem energia por causa de incidentes com pipas
O número é 28,6% menor em relação ao mesmo período de 2017, quando 72,5 mil consumidores tiveram o fornecimento interrompido

Região: Desde janeiro, mais de 50 mil ficaram sem energia por causa de incidentes com pipas

Ribeirão Preto lidera o ranking de ocorrências na região, com 177 interrupções entre janeiro e julho de 2018

A CPFL Paulista, distribuidora da CPFL Energia, contabilizou 51,7 mil clientes sem energia por conta de interrupções provocadas por pipas entre janeiro a julho de 2018 na região de Ribeirão Preto. O número é 28,6% menor em relação ao mesmo período de 2017, quando 72,5 mil consumidores tiveram o fornecimento interrompido por conta das pipas.

Segundo o levantamento, entre janeiro e julho deste ano, foram registradas 293 ocorrências por conta das pipas em Ribeirão Preto, Franca, Jaboticabal, Sertãozinho, Batatais e Morro Agudo. Em média, cada interrupção deixou 176 clientes sem energia por duas horas e um minuto. Os números são inferiores ao quadro de 2017 no mesmo período, quando foram registradas 302 ocorrências, deixando 240 consumidores, em média, por duas horas e 36 minutos com o fornecimento de energia elétrica interrompido.

As estatísticas mostram que Ribeirão Preto lidera o ranking de ocorrências na região, com 177 interrupções entre janeiro e julho de 2018. Contudo, Jaboticabal e Batatais, por sua vez, lideram o ranking de crescimento de interrupções na comparação entre 2017 e 2018, com alta de 68,1% e 55,5%, respectivamente. Já Franca registra a maior duração média de interrupção por ocorrência na região, em torno de duas horas e 45 minutos. Somadas todas as ocorrências, o uso de pipa provocou 689 horas acumuladas de falta de energia em 2018.

A interrupção do fornecimento de energia por conta das pipas pode ocorrer por diversas formas. Além do risco de rompimento dos cabos pelo uso de cerol, as linhas que ficam enroscadas nas redes elétricas provocam desgastes nos fios, podendo levar a curtos-circuitos e derretimento. 

Risco à população

Os meses de janeiro e julho, período de férias escolares, registram, historicamente, aumento significativo de ocorrências com pipas na área de concessão da CPFL Paulista. Isso porque crianças e adolescentes aproveitam o tempo livre para curtir a prática de empinar pipa, uma das mais antigas e tradicionais atividades infantis.



A brincadeira de pipas em áreas urbanas, porém, é um tema de extrema seriedade. Além da falta de energia, impactando o bem-estar e conforto da população, empinar pipa perto da rede elétrica pode causar acidentes sérios ou, até mesmo, fatais. Esse risco se acentua se a pipa estiver sendo usada com cerol ou linha chilena, condutores de eletricidade.

“O Grupo CPFL está comprometido com a segurança da população e por isso relançamos a Campanha Chega de Choque. Reforçamos, principalmente nas férias, a necessidade do acompanhamento e instrução de pais e responsáveis no uso do brinquedo. Os acidentes causados pelas pipas poderiam ser evitados se fossem adotados cuidados simples, como escolher locais longe da fiação elétrica, em campos abertos e parques com áreas planas”, afirma o gerente de Saúde e Segurança da CPFL Energia, Marcos Victor Lopes.

Uso de cerol ou linha chilena é considerado crime

O uso de cerol (mistura de cola, limalha e vidro moído) ou da "linha chilena" é considerado crime penal, capitulado nos artigos 129, 132 e 278, do Código Penal Brasileiro, e no artigo 37, da Lei das Contravenções Penais. Além disso, a formulação destas linhas, por conterem limalha de ferro, provoca curtos-circuitos e choques, além de ser um risco para ciclistas, motociclistas e a população em geral, podendo causar graves ferimentos.

1. Para que crianças e adolescentes possam brincar de empinar sem abrir mão da segurança, a Campanha Chega de Choque da CPFL Energia compartilha 10 dicas de segurança:

2. Empine pipas longe de rede elétrica, em locais livres onde não exista nenhum tipo de cabo de energia, de serviço telefônico ou antenas de celular. Isso evita acidentes e interferências na qualidade desses serviços;

3. Dê preferência a espaços abertos como praças, parques e campos de futebol para usar o brinquedo. Evite também soltar pipas em canteiros centrais de ruas, avenidas, rodovias ou qualquer lugar onde exista fluxo de veículos;

4. Evite a utilização de "rabiolas", pois elas agarram nos fios elétricos, desligando o sistema e provocando choques, muitas vezes fatais;

5. Linhas metálicas não devem ser usadas no lugar da linha comum. Nunca use cerol ou a linha "chilena", elas são proibidas por lei;

6. Não utilize papel alumínio na confecção da pipa. Isso é perigoso, pois este material, em contato com os fios, provoca curtos-circuitos;

7. Caso a pipa enrosque nos fios, é melhor desistir do brinquedo. A tentativa de recuperá-lo traz sérios riscos. Evite remover a pipa com canos ou bambus;

8. Não é indicado soltar pipas na chuva. Ela funciona como para-raios, conduzindo energia;

9. Não é indicado subir nas lajes das casas para empinar pipa.  Qualquer distração pode causar uma queda;

10. Tenha cuidado com ciclistas e motociclistas. Em velocidade, linhas podem não ser vistas e, com isso, causar graves acidentes, sobretudo se tiverem cerol ou se a linha for a chilena;

11. É aconselhável ter sempre um adulto responsável acompanhando as crianças no momento da brincadeira.


Informações da CPFL Paulista.


Foto: Reprodução

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