Saerp apresenta projeto para captação de água do Rio Pardo

Saerp apresenta projeto para captação de água do Rio Pardo

Se implantando, obras deverão ser concluídas em 2030

Foi anunciado nesta quarta-feira, 19, o primeiro passo para o projeto de captação da água do Rio Pardo, em Ribeirão Preto. O Projeto Pardo foi apresentado por técnicos do Saerp em um evento na Associação de Engenharia, Arquitetura e Agronomia de Ribeirão Preto (AEAARP).

 

A primeira etapa do projeto consiste na elaboração de um projeto e a realização de estudos para a viabilidade do projeto. Essa etapa terá o custo de R$ 3,1 milhões e deverá ser executada em até 9 meses. Desse montante, R$ 2,9 milhões serão financiados via Caixa Econômica Federal, com contrapartida de R$ 189 mil da Prefeitura.

 

A partir desses estudos, serão definidas as principais diretrizes do projeto executivo, bem como o valor global. A expectativa é o projeto executivo seja estruturado entre 2024 e 2026 e as obras ocorram entre 2027 e 2030. Até essa data, Ribeirão Preto segue totalmente dependente do abastecimento via aquífero Guarani que já decaiu 120 metros nos últimos 70 anos.

 

Além da captação, tratamento e distribuição da água do Rio Pardo, o Saerp também se comprometeu a reduzir de 47% para 30% as perdas de água nos próximos anos, chegando a marca de 25% até 2033. Atualmente, o Centro é a região com maior perda de água, são 21 vazamentos por quilometro de rede.

 

Demanda do setor privado

 

Para Paulo Sinelli, engenheiro e diretor da AEAARP, ressaltou a dificuldade na expansão imobiliária da cidade causada pela escassez hídrica. "Foi muito importante esse evento, nós já estamos discutindo há algum tempo diante das demandas dos empreendedores, principalmente, pela falta de água em determinadas regiões inviabilizando a implantação de novos empreendimentos", ressaltou.

 

Essa não foi a primeira reunião sobre o tema realizada na AEAARP, contudo, para Sinelli, houve um avanço em relação ao que já fora apresentado. "Diante do que foi conversado o ano passado, teve um avanço, sem dúvidas. E sabemos que o poder público tem uma morosidade em termos de recurso e licitações, mas vamos esperar que isso ocorra o mais breve possível", concluiu o engenheiro.

 

No evento, a grande preocupação dos empresários do ramo imobiliário e da construção civil foi em relação à distribuição de água em todas as regiões da cidade, principalmente nos novos loteamentos. Segundo eles, existem locais em que é necessário investimento privado para prover água, como a construção de caixas d'água e a perfuração de poços artesianos. Atualmente, o sistema de abastecimento da cidade conta com 120 poços ativos.

 

 Segundo o Saerp, são realizados estudos constantes em relação à distribuição de água pela cidade, bem como a otimização desse sistema. A implantação do Projeto Pardo, o programa de redução de perdas e a otimização do sistema de distribuição podem sanar esse problema, garante a autarquia.

 

O projeto inicial prevê a distribuição da água do Rio Pardo para todas as zonas da cidade.

 

 

 

Escopo do Projeto Pardo

- Projeto básico da captação de água superficial;

- Projeto básico de adução de água bruta;  

- Projeto básico da estação elevatória de água bruta;       

- Projeto básico da estação de tratamento de água;                      

- Projeto básico da estação elevatória de água tratada;

- Projeto básico da adução de água tratada;          

- Projeto básico dos centros de reservação setoriais e interligações ao sistema existente;

- Estudos ambientais de todo o sistema de abastecimento rio Pardo; e

- Licenciamento Ambiental Prévio.

 

 

Sete setores que mais consomem água em Ribeirão Preto - Medida em L/hab/dia (litros por habitante por dia)

 

1º Mabel (Região do Pq. Industrial Lagoinha): 850,5

2º Royal Park:  415,1

3º Alphaville: 302,8

4º San Leandro: 294,0

5º Fiusa: 278,0

6º Golf: 274,8

7ª Ribeirania: 265,7


Foto: Arquivo

Compartilhar: