Colecionador da região reúne 200 mil folders de automóveis
Frederico Bombonato transformou a paixão da infância em hobby e coleciona catálogos, folders e miniaturas de veículos há 30 anos
Uma paixão de infância se tornou parte da vida de Frederico Nori Bombonato, de 42 anos. Nascido em Batatais e morador de Ribeirão Preto desde 1996, Fred começou a colecionar catálogos, folders e prospectos de modelos de carros, caminhões, máquinas agrícolas e ônibus desde os 13 anos de idade.
“Sempre fui apaixonado por carros antigos. Antes, eu só recortava as imagens para guardar comigo, mas foi em 1988, há exatos 30 anos, que eu comecei com um folder de um Opala Diplomata daquele mesmo ano”, conta Fred, que é formado em Administração e foi consultor de vendas de automóveis e caminhões. Hoje, a coleção chega a 200 mil itens, sem contar as suas 120 miniaturas de carros antigos nacionais, todas em suas embalagens, intocáveis. Por sua casa, é possível encontrar pilhas e mais pilhas de folders automobilísticos.
Quando ainda morava em Batatais, no início da década de 1990, Fred costumava enviar cartas para os endereços de cada marca nova que chegava ao Brasil. De 60 cartas que enviou aos fabricantes de veículos, 40 foram respondidas. “Na minha cidade tinham apenas três concessionários nessa época, eu não tinha muito acesso às marcas do momento, mas ia atrás mesmo assim. Quando cheguei em Ribeirão foi bem mais fácil aumentar a coleção”, diz Fred.
Graças ao seu hobby, o colecionador teve a oportunidade de escrever para o Jornal Carro e Cia de Ribeirão Preto, desde 2002, sendo responsável por uma coluna sobre carros antigos e realizando a cobertura de grandes eventos, como o Salão de Automóveis de São Paulo, o Salão Internacional do Transporte Rodoviário de Cargas (Fenatran) e etapas da Stock Car em Ribeirão Preto.
No entanto, o evento preferido de Fred é a Agrishow, feira que frequenta há 20 anos, tanto como trabalhador em marcas de automóveis quanto como visitante. Oportunidade para aumentar sua coleção a cada edição não falta. “Quando eu chego na Agrishow, vou direto visitar todos os estandes possíveis e trazer o máximo de novos folders para casa”, brinca Fred. “Mal vejo os veículos, só vou atrás deles”, completa.
Ele comenta que, infelizmente, essa prática é pouco difundida no Brasil, e, fora do país, existem encontros e um maior mercado para os colecionadores de prospectos automobilísticos. Fred afirma ter conhecido dois colecionares como ele, um em Minas Gerais e outro da Venezuela. Segundo ele, algumas raridades de carros antigos vendidas na internet chegam a custar de R$ 300 a R$ 1 mil.
No momento, Fred organiza todo o seu acervo para que fique exatamente separado por cada marca de veículo e diz que, dentro de um mês, somente por sua conta, tudo deverá estar em seu lugar. “Faço isso por uma satisfação e paixão pessoal, nunca imaginei que a coleção chegaria a um número tão grande”, explica o colecionador. Perguntado se, um dia, venderia a coleção caso recebesse uma proposta, ele dispara: “Jamais!”.
Fotos: Pedro Grossi
