Marcha da maconha reúne cerca de 100 pessoas em Ribeirão

Marcha da maconha reúne cerca de 100 pessoas em Ribeirão

Protesto assusta pessoas que consideram a maconha a porta de entrada para outras drogas; manifestante diz que isso é discurso do “sistema”

"Aí meu Deus. Como pode isso?",  perguntou  a cuidadora Amália Carvalho quando passou em frente ao Theatro Pedro II na tarde deste sábado, 28, onde participantes da Marcha da Maconha de Ribeirão Preto se encontraram para realizar a manifestação para revisão da lei de drogas no Brasil.

Amália nem é contrária à criminalização do uso da droga, mas ela teme pelas outras drogas que a maconha pode abrir as portas, de acordo com ela.

"Não sou contra a maconha em si, mas acredito que esse pessoal mistura muita coisa. Isso pode subir para cabeça e prejudicar, isso porque ela é uma erva que dá para ser usada até com o remédio",  acredita.

Os manifestantes que participaram da marcha afirmam que esse é um dos motivos para a liberação da droga, que cada usuário possa ter a disposição de usar um produto mais puro, que não prejudique a saúde.

"Tem esse mito de porta de entrada, mas é uma coisa que o sistema tenta vender. Porque é uma hipocrisia pensar nisso, já que ali na esquina qualquer um pode comprar uma pinga por 50 centavos. Além disso, a descriminalização da maconha busca acabar com a guerra que foi criada, que gera a violência. A pessoa tem o direito de consumir o que bem quiser, sem ser obrigada a negociar com um cara armado e ficar no meio da linha de tiro entre a polícia e traficantes",  diz o publicitário Tiago Quintão.

Cerca de 100 pessoas se concentram no Centro para o início da marcha. Número bem menor do que o em 2015, quando quase 400 pessoas participaram. Mas até o início da manifestação pelas ruas o número deve crescer. Os organizadores da marcha acreditam que isso se deve ao feriado, já que muitas pessoas podem ter emendado com o final de semana, e também com a realização da final da Liga dos Campeões da Europa,de futebol, que acontece no mesmo horário da marcha.


Foto: Leonardo Santos

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