Menino de Santa Catarina ganha cão assistente da Polícia Militar de Ribeirão Preto
O labrador Ivy foi adestrado pelo cabo Cazarotte, da Polícia Militar; ele foi doado ao menino Diego

Menino de Santa Catarina ganha cão assistente da Polícia Militar de Ribeirão Preto

Diego tem 15 anos de idade e é portador de transtorno do espectro autista; os pais do menino acreditam que o cão poderá ajudá-lo no dia a dia

O menino Diego da Silva, de 15 anos de idade, saiu de Joinville, em Santa Catarina, para ganhar um presente em Ribeirão Preto. Neste sábado, 7, depois de mais de 10 horas de viagem, Diego, que é portador de transtorno do espectro do autista, recebeu do cabo da Polícia Militar Ricardo Cazarotte o cão Ivy, da raça labrador.

Leia mais:
Polícia Militar entrega cão a criança com síndrome rara, em Ribeirão Preto

O cão, a partir de agora, será o companheiro de Diego. A doação partiu de um pedido dos pais do garoto, que assistiram uma reportagem na televisão sobre um cachorro, também adestrado por Cazarotte, que foi doado para um menino com autismo de Sertãozinho, que diminuiu as crises em decorrência do contato com o animal.

Cazarotte treinou o cão por conta própria após receber uma carta da família. “Não tem porque não ajudar”, afirma o policial, que demorou oito meses para fazer o adestramento, sempre nos horários de folga. “Eu chegava em casa e ia fazer um treinamento com ele”, completa o cabo, que explica que os cães que auxiliam a rotina de pessoas que têm algum tipo de deficiência, apresentam um comportamento bem diferente dos usados em outras situações.

“Ele não pode ser agressivo e não pode reagir ao estímulo mordendo. Ele vai interagir diretamente com o Diego. Vai ser o irmão que ele não tem. Por mais que os pais queiram dar 100% de atenção, eles não conseguem, pois têm os afazeres do dia a dia. O Ivy vai ficar com o adolescente 24h por dia”, aponta.

O labrador foi treinado para farejar um hormônio específico chamado cortisol, que aparece em níveis mais altos em pessoas com autismo Ele pode causar ansiedade, agressividade, autoagressão e isolamento. “Na hora que ele estiver com esse hormônio alterado, o cão vai estar ao lado para acalmá-lo”, pontua o policial.

Novo membro da família

Os pais de Diego, Susana e José Antônio da Silva, contam que estão com uma expectativa muito grande com a chegada do novo membro da família. Eles afirmam que o cão poderá melhorar a qualidade de vida do menino.

“Queremos que nosso filho tenha uma vida normal. Vendo a interação que o cão já teve com ele, ficamos maravilhados. Na nossa residência, deve ser mais ainda. Será espetacular. Estamos muito agradecidos ao cabo Cazarotte. Vamos agradecer para o resto da vida”, disse o pai de Diego.


Foto: Leonardo Santos

Compartilhar: