Campanha alerta sobre os riscos do adiamento de diagnósticos de tumores malignos durante a pandemia

Campanha alerta sobre os riscos do adiamento de diagnósticos de tumores malignos durante a pandemia

Movimento “O Câncer Não Espera. Cuide-se Já", liderado pelo Instituto Oncoclínicas, orienta sobre a importância do diagnóstico precoce e da manutenção da rotina de tratamento no combate ao câncer

Para alertar pacientes oncológicos e a população em geral sobre como a demora em buscar cuidados médicos adequados pode comprometer, até irreversivelmente, o sucesso na luta contra o câncer, o Instituto Oncoclínicas – iniciativa do corpo clínico do Grupo Oncoclínicas para promoção à saúde, educação médica continuada e pesquisa – em parceria com sociedades de especialidades médicas e entidades não governamentais de suporte a pacientes oncológicos, lançou a campanha "O Câncer Não Espera. Cuide-se Já".

Aberta à participação de empresas, entidades ligadas à área médica ou qualquer cidadão engajado na luta em favor da vida e da saúde dos brasileiros, o movimento tem por objetivo alertar a sociedade brasileira para os riscos do adiamento de diagnósticos, exames, cirurgias e tratamentos contra o câncer em função do temor relacionado ao Covid-19.

Uma estimativa das Sociedades Brasileiras de Patologia (SBP) e de Cirurgia Oncológica (SBCO) aponta que, apenas no mês de abril, 70% das cirurgias oncológicas foram adiadas. Além disso, ao menos 50 mil brasileiros deixaram de ser diagnosticados com câncer devido a não realização de exames essenciais para identificar a doença.

Mesmo tendo o Ministério da Saúde incluído o câncer no rol de doenças cujo tratamento não pode ser considerado eletivo, desde o início da pandemia, há registros que mostram índices preocupantes de adiamento de cirurgias e de exames diagnósticos da condição, o que pode afetar diretamente as chances de cura.

"O tempo é decisivo em muitas condutas. Na pandemia que parou o mundo, a evolução da curva epidemiológica da Covid-19 impactará nossas vidas por um tempo indeterminado. O câncer é uma doença grave, e que antes da pandemia já ocupava o segundo lugar no ranking das principais causas de morte no Brasil. Assim como há serviços essenciais que precisam continuar, existem tratamentos essenciais que devem prosseguir, sob risco de perdermos vidas que podem ser salvas", afirma um dos idealizadores da campanha, o oncologista Bruno Ferrari.

Para ele, que é também fundador e presidente do Conselho de Administração do Grupo Oncoclínicas, é imperativo que o combate ao câncer não fique em segundo plano. "A OMS afirmou que, mesmo durante a pandemia, o câncer é considerado uma doença de emergência. O câncer não negocia prazos", alerta.

Assim como a continuidade do tratamento, o médico lembra que a atenção para que a doença seja detectada precocemente não pode ser descuidada. "É imprescindível garantir a segurança dos que precisam ir a laboratórios, clínicas e aos hospitais, com sistemas ainda mais rigorosos para evitar o contágio de Covid-19. Nossa intenção, a partir dessa campanha, é alertar o público sobre a necessidade de preservarmos os fluxos essenciais para a manutenção da linha de cuidado oncológico e propor uma reflexão para que a pandemia não gere outros reflexos negativos para a saúde dos brasileiros", completa Bruno Ferrari.

Ao lado do Instituto Oncoclínicas, assinam a campanha "O Câncer Não Espera. Cuide-se Já.", Sociedade Brasileira de Radioterapia (SBRT), Sociedade Brasileira de Patologia (SBP), Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM), Sociedade Brasileira de Cirurgia Torácica (SBCT), Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia (Abrale), Associação para Crianças e Adolescentes com Câncer (Tucca), Instituto Oncoguia e Movimento Todos Juntos Contra o Câncer (TJCC).

Interessados em aderir podem encontrar mais informações no www.cancernaoespera.com.br.


Foto: Pixabay

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