Ministério da Saúde recomenda vacinação contra a Covid-19 em crianças
Imunizante está sendo utilizado em países como Estados Unidos, França e Itália

Ministério da Saúde recomenda vacinação contra a Covid-19 em crianças

Além de prescrição médica, pais ou responsáveis devem autorizar aplicação em crianças de 5 a 11 anos; imunizante utilizado será o Comirnaty da farmacêutica Pfizer

O Ministério da Saúde recomenda a aplicação da vacina contra a Covid-19 em crianças com idades entre 5 a 11 anos. De acordo com o documento publicado pela Pasta, que está aberto para consulta pública até o dia 2 de janeiro, a imunização desse público pode ser realizada apenas com a autorização dos pais ou responsáveis, além de prescrição médica.

Da mesma forma que foram classificadas as prioridades para as outras faixas etárias já vacinadas, o início da vacinação em crianças prioriza grupos com deficiência permanente ou comorbidades, como também de crianças que convivem com pessoas que possuem alto risco de evolução grave da doença. Nas crianças sem comorbidades será realizada a imunização por faixa etária de 10 a 11 anos; de 8 a 9 anos; de 6 a 7 anos e de 5 anos.

 A aplicação será feita com a Comirnaty, imunizante pediátrico da Pfizer que já está sendo utilizada em países como Estados Unidos, França e Itália. Conforme as informações contidas no documento, o imunizante passou pelas três fases dos estudos científicos.

"As crianças de 5 a 11 anos apresentaram uma resposta de anticorpos neutralizantes em concentrações similares às observadas em adolescentes e adultos de 16 a 25 anos, preenchendo os critérios propostos de demonstração de não inferioridade. Além disso, houve demonstração de eficácia de 90,7% para a prevenção da Covid-19 pelo menos sete dias após a segunda dose, por um período de aproximadamente 70 dias".

Apesar disso, a Anvisa frisa que a Pfizer forneceu uma base de dados de segurança com testes feitos em cerca de 1.500 crianças, sem identificar eventos adversos graves. Porém, destaca que o tamanho amostral selecionado com cerca de 3.000 voluntários e o tempo de seguimento de 70 dias não são suficientes para determinar segurança em longo prazo.

A Anvisa recomenda que para realizar a aplicação, os profissionais da saúde que forem vacinar as crianças sejam treinados para realizar tal ação, já que a maioria dos eventos adversos pós-vacinação é decorrente da administração de mal uso do produto, como dose inadequada e da preparação errônea do produto.

Também orienta que a aplicação seja realizada em ambiente exclusivo separado da vacinação dos adultos, e que as crianças sejam observadas pelo menos 20 minutos após a aplicação.


Foto: Myke Sena/MS

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