USP encerra segundo mapeamento da Covid-19 em Ribeirão Preto

USP encerra segundo mapeamento da Covid-19 em Ribeirão Preto

Resultados da pesquisa realizada com 700 pessoas será divulgado na próxima quarta-feira, 17

Foi encerrada neste sábado, 13, a pesquisa realizada pelo Hospital das Clínicas em parceria com a Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da USP (FMRP) e a Secretaria Municipal de Saúde com o intuito de mapear o avanço da Covid-19, causada pelo novo coronavírus, na cidade. 

Os pesquisadores foram, novamente, à casa dos voluntários que participaram da primeira coleta, que ocorreu no início de maio. Segundo o professor Fernando Bellissimo, um dos responsáveis pelo estudo, a amostra servirá para observar se o vírus avançou na cidade e, com base nos resultados, projetar a evolução dele em Ribeirão Preto.

Ao todo, foram 61 pessoas, divididas em 15 equipes, que iniciaram a coleta na manhã de quinta-feira, 11.  Os resultados deverão ser divulgados na quarta-feira, 17. Bellissimo explicou que, dessa vez, não serão realizados os testes com a secreção nasal, apenas o exame de sangue. "Quem estiver com os sintomas, iremos encaminhar para o polo Covid, lá ela fará o teste", explicou. 

Expectativa de crescimento

Na primeira pesquisa, realizada no início de maio, os pesquisadores sortearam as 709 residências em todo município para a realização do experimento. Sendo: 117 no Centro, 184 na Zona Leste, 129 na Zona Norte, 184 na Zona Oeste e 95 na Zona Sul. Nelas, foram colhidos a secreção nasal, que constatava a existência do vírus no momento, e um exame de sangue para a amostragem de anticorpos, ou seja, que revelava se a pessoa já havia contraído o vírus. 

Na ocasião, das 709 pessoas testadas, 11 testaram positivo. Sendo 10 pelo exame de sangue, ou seja, já haviam contraído a doença e se curado, e uma pessoa pelo exame de secreção nasal. Nesse último caso, toda a família foi orientada a permanecer em isolamento social e o paciente segue em observação. Com base nessa amostragem, os especialistas estimaram que 1,2% da população ribeirãopretana teve contato com o vírus, o que representa cerca de 8,3 mil pessoas. 

Contudo, dessa vez os especialistas esperam que o resultado seja o dobro. Cerca de 2,4% da população, o equivalente quase 17 mil pessoas. Caso o cenário seja de piora, Bellissimo adiantou que, apesar de não possuírem poder político, irão sugerir à Prefeitura a regressão da flexibilização na cidade.

"É uma decisão política, que não cabe a nós, mas que pode ser inspirada nos dados que esse estudo trouxer. Que subiu [o número de infectados], não há dúvidas. Isso é evidente pelos números dos boletins. O que a gente não sabe, é com qual intensidade ele está subindo”, declarou o professor.


Foto: Prefeitura de Ribeirão Preto

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