Festival Tanabata Matsuri começa na próxima sexta-feira, 6, em Ribeirão Preto
O evento em homenagem à lenda do encontro das estrelas acontecerá no Morro do São Bento
O 24º Festival Tanabata Matsuri de Ribeirão Preto começará na próxima sexta-feira, 6, e ocorrerá até o domingo, 8. Organizado pela Associação Cultural Japonesa e Associação Nipo-Brasileira, a festa contará com dezenas de atrações voltadas para cultura japonesa, além das tradicionais barracas com artesanato, bonsai e culinária. O pontapé inicial foi dado em um coquetel de lançamento, na noite desta sexta-feira, 29, na Casa da Cultura, no Morro do São Bento.
O Festival celebra, em sua 24ª edição, os 110 anos da imigração japonesa no Brasil, com a chegada do navio Kasato-Maru ao país. O evento é aberto ao público, com entrada gratuita, e é uma excelente oportunidade de encontro com a tradição japonesa, a culinária exótica, shows de danças, shows de Taikô (tambores japoneses), músicas tradicionais, oficinas de mangá, origami, bonsai e pipas, exposições de artes plásticas e uma variedade de objetos e produtos japoneses.
Em 2017, o Festival foi nomeado como patrimônio cultural e imaterial do povo ribeirãopretano. A proposta do vereador Alessandro Maraca (MDB) foi sancionada pelo prefeito Duarte Nogueira (PSDB) em março do ano passado. “A intenção é fortalecer o Tanabata para que ele possa voltar a acontecer normalmente. Dessa forma, o evento passa a patrimônio cultural de Ribeirão Preto e ganha a chancela governamental para sua execução”, disse Maraca na ocasião.
O Tanabata Matsuri (Festa das Estrelas) teve sua origem em uma lenda chinesa de quatro mil anos atrás. Posteriormente, foi adaptada à cultura japonesa, há aproximadamente 1.300 anos, e tem um feriado no calendário oficial do país desde o século XVII. No entanto, como em toda lenda, existem pequenas discrepâncias entre uma versão e outra, mas todas partem de um mesmo pressuposto: uma história de amor.
A lenda do Tanabata Matsuri
Diz a lenda, que quando o Universo ainda era jovem, o grande imperador Tenkou-Sama (Senhor Celestial) tinha uma filha, a princesa Orihime. A jovem, conhecida como a “Princesa Tecelã”, foi incumbida da tarefa de, ao lado de seu pai, tecer as estrelas e o firmamento. Porém, certo dia, a princesa se apaixonou perdidamente por um rapaz humilde chamado Kengyu, começando a passar a maior parte do dia ao lado dele. O imperador, já impaciente com os sumiços da filha e por ela se esquecer das suas obrigações, foi procurá-la.
Quando descobriu que ela havia deixado tudo de lado em nome do amor, Tenkou-Sama resolveu separar o casal e criou um enorme rio entre eles. Esse rio é conhecido como Amanogawa (Via-Láctea). Entretanto, vendo o sofrimento de Orihime pela distância do amado, o imperador permitiu que os amantes se vissem uma vez por ano. Dessa forma, na sétima noite, do sétimo mês do calendário lunar, a princesa e o seu amado podem se encontrar. No ocidente, as estrelas Orihime e Kengyu receberam o nome de Vega e Altair, respectivamente.
Para comemorar a data, o Morro do São Bento é decorado com enfeites típicos que imitam grandes estrelas (kussudamas) presas a galhos de bambu formando túneis. Os visitantes que passeiam debaixo dos enfeites escrevem desejos em tiras de papéis coloridos (tanzaku). A lenda garante que todos os desejos escritos nos papéis serão atendidos no momento mágico do encontro entre Orihime e Kengyu.
Serviço
Quando: sexta-feira, 6, das 19h às 23h. Sábado, 7, das 10h às 23h. Domingo, 8, das 10h Às 23h
Onde: Praça Alto do São Bento, Jardim Mosteiro.
Quanto: gratuito
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Foto: Divulgação
