Projeto em Ribeirão Preto oferece moda sustentável a preço acessível
Projeto em Ribeirão Preto usa moda sustentável com preço acessível

Projeto em Ribeirão Preto oferece moda sustentável a preço acessível

As confecções são feitas com material de descarte, como roupas com defeitos, e são vendidas por um preço acessível

Em Ribeirão Preto, não são só as lojas de grifes que fazem sucesso. O destaque agora é um ateliê de moda sustentável, denominado de projeto ‘Retroq’. Criado no ano passado, o projeto nasceu da vontade de duas jovens, Lailah Cury e Marina Pereira, que queriam dar um novo significado ao ato de comprar e vestir.

Com o objetivo de reutilizar as roupas velhas, o Retroq congrega moda consciente e sustentável, com empoderamento feminino e consciência política.

Segundo uma das criadoras do projeto, a psicóloga Lailah Cury, de 36 anos, a missão do projeto é conscientizar as pessoas sobre o feitio das roupas, bem como os padrões de beleza exposto pela sociedade. “Viemos na contramão do modelo hegemônico de se pensar moda, dando liberdade às potencialidades humanas e dando criatividade ao processo de produção”, comenta.

Overlock

Ainda segundo a psicóloga, as produções no Retroq são feitas com os acabamentos em overlock - um tipo de máquina de costura industrial que efetua simultaneamente a costura e o chuleio (acabamento das bordas para que não se desfiem). “É um acabamento livre, colorido, porque a gente não gosta desse padrão da perfeição. Trabalhamos com o que é real e com o que contempla as mulheres”, afirma.



Descarte

As confecções são feitas com material de descarte, como roupas com defeitos, com furos, com manchas, ou seja, tudo o que as pessoas não querem mais usar.

Por isso, a estudante de psicologia Marina Pereira, de 26 anos e também proprietária do Retroq, diz que, em um processo intenso de criação e ressignificação, as peças são cortadas, desmanchadas, e reconstruídas para compor um novo tecido. “Contamos com a doação das pessoas que vão de fato descartar as peças, mas também temos planos para comprar o restante de tecido de grandes confecções, assim como as sobras das marcas de fabricação própria da cidade de Ribeirão Preto e região”, relata.


Foto: Divulgação/ Arquivo Pessoal

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