Mulheres que inspiram: Renata Corrêa Gregoldo

Mulheres que inspiram: Renata Corrêa Gregoldo

Renata Corrêa Gregoldo é secretária municipal da Assistência Social em Ribeirão Preto

Com alma empreendedora, Renata Corrêa Gregoldo, de 50 anos, trabalha desde os 15 anos. Seu primeiro emprego foi como professora de inglês em uma antiga escola de idiomas de Ribeirão Preto. Sempre interessada em trabalhar com pessoas, sua primeira formação foi em Administração Hoteleira. Ela queria ter um hotel porque acreditava que era um lugar onde poderia fazer as pessoas se sentirem bem. Trabalhou em alguns hotéis, mas se especializou na área de alimentos e bebidas. Gerenciou restaurantes, fast foods e abriu seu primeiro negócio, uma consultoria para restaurantes. Chegou até a sócia-gestora do Outback, gerenciando 135 funcionários. “Logo após essa experiência, conheci o conceito do Empreendedorismo Social assistindo ao documentário ‘Quem se Importa?’, que me despertou para unir a veia empreendedora com algo que poderia beneficiar as pessoas. Foi quando abri uma livraria virtual que, ao comprar um livro, a pessoa doava outro para uma criança. Essa experiência me trouxe um olhar mais aprofundado para as questões sociais. Depois, voltei para a consultoria. No final de 2019, fui convidada para assumir o Fundo Social de Solidariedade, que conectou meu coração pela oportunidade de exercer um voluntariado transformacional”, conta. Desde o início de 2021, é secretária municipal da Assistência Social em Ribeirão.

Segundo Renata, a gestão de uma pasta tão estratégica para o desenvolvimento da cidade é desafiadora. Ela acredita que é preciso ter real interesse nas pessoas, no crescimento e no desenvolvimento delas. “A Assistência Social vai muito além de sanar necessidades pontuais. É claro que em algumas ocasiões, como a que enfrentamos nesta pandemia, é necessário atender emergencialmente algumas situações. Porém, comandar esse universo de políticas públicas dentro de uma cidade vai além. É planejar e projetar ações para o futuro com vistas na melhoria da qualidade de vida das pessoas, para que possam não só ter acesso aos benefícios públicos, mas que alcancem a sua autonomia, se enxergando como indivíduo”, ressalta.

A secretária municipal diz que sempre teve essa paixão por gerar e executar ideias. Para Renata, o empreendedor é um incansável, pois vê oportunidade de negócio e de desenvolvimento o tempo todo. “É interessante porque, a partir do documentário, minha visão se ampliou e tive um sentimento de responsabilidade grande, não só como profissional, mas também como ser humano. Foi assim que me encontrei com outras mulheres e demos início a um grupo chamado Alimce – Aliança de Mulheres Cristãs Empreendedoras, em 2014, com o objetivo de conectar mulheres empreendedoras, trocar experiências e negócios, baseados nos princípios cristãos. Passamos a levar nossos talentos para as pessoas mais vulneráveis, em formas de cursos, capacitação, projetos para mulheres e crianças, sempre pensando em contribuir para a transformação delas”, comenta.

Sobre sua família, Renata afirma que é seu elo forte. “É nossa escola da vida. Família não precisa ser numerosa, precisa ser verdadeira. Ela se torna uma torre forte para nos ajudar nas tempestades, mas também para ser palco das mais lindas celebrações que conquistamos ao longo da vida”, detalha. Viúva desde abril do ano passado, ela explica que viveu com o marido André os melhores anos de sua vida. “Nunca imaginei que iria passar por essa perda no auge da minha felicidade conjugal. Trabalhar na área social me fez superar muitas coisas porque o propósito me ajudou”, esclarece. Agora, ela se apega ao amor pelos filhos: Gabriel, de 31 anos, que é pai da Helena, de 9 anos, e Rebeca, de 19 anos. Também tem um irmão, dois sobrinhos e seus pais. “Sou filha de um policial militar e uma cabeleireira, e todos dizem que sou a fusão dos dois, que herdei a sabedoria e sensibilidade do meu pai Nivaldo, e a determinação e a garra da minha mãe Evanilde”, completa.

Quem me inspira...

“Quando negamos nossas histórias, elas nos definem. Quando nós possuímos nossas histórias, nós podemos escrever o final.”

Brené Brown


Foto: Lidia Muradás

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