Após greve dos caminhoneiros, feira que movimenta R$ 4 bi aposta nos transportes
Setor de logística e transportes representa até 30% no valor da produção da cana-de-açúcar

Após greve dos caminhoneiros, feira que movimenta R$ 4 bi aposta nos transportes

Fenasucro, que ocorre em Sertãozinho, no fim de agosto, espera atrair até 40% dos visitantes interessados na logística

A 26ª Feira Internacional de Tecnologia Sucroenergética (Fenasucro e Agrocana) é realizada entre os dia 24 e 28 de agosto, em Sertãozinho, na Região Metropolitana de Ribeirão Preto (RMRP), e tem a expectativa de gerar mais de R$ 4 bilhões de negócios em 2018. No ano em que a logística e o transporte rodoviário ficaram em evidência, em razão da greve dos caminhoneiros, o assunto é um dos que mais chama a atenção dos visitantes.

De acordo com levantamento feito pela organização da feira, 39% dos visitantes estão preocupados com a logística - e não é para menos: o custo representa até 30% do valor final dos produtos relacionados à cana-de-açúcar, de acordo com estudo da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).

Representantes da área afirmam que investir na otimização de processos e na gestão das pessoas no segmento de transporte e logística pode trazer ao setor sucroenergético uma economia de até 15%.

Para a diretora-Financeira do Centro Nacional das Indústrias do Setor Sucroenergético e Biocombustíveis (CEISE-Br), Rosana Zumstein, especialista em logística, as soluções para barateamento do transporte do produto estão na integração de todos envolvidos no processo de aquisição do produto, desde o fornecedor, passando pelo operador logístico, até chegar no consumidor.

“Essa conta precisa de um gestor e precisa ter uma área para isso. É comum deixar esse planejamento para última hora, o que não deve acontecer”, aponta Rosana, que defende que o setor de transportes deve ser prioridade para o Governo Federal, pois é um importante agente na economia brasileira.                                                                 

“Os custos do transporte rodoviário dependem de uma melhor regulamentação do setor por parte do Governo Federal. O custo é gigante, porque sofre impacto da carga tributária, do pedágio, da legislação trabalhista que muda todos os seus passivos e dessas oscilações do combustível, que geram incertezas. O governo não poderia deixar de olhar com carinho para esse segmento logístico”, pontua.


Foto: Arquivo Revide

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