Em Ribeirão Preto, franqueados sentem menos a crise

Em Ribeirão Preto, franqueados sentem menos a crise

Franquias do setor de alimentação crescem no município, em meio à turbulência econômica

As vendas no comércio no Brasil caíram 6,4% no primeiro semestre de 2015, na comparação com o mesmo período do ano passado, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Esta é considerada a pior marca em 11 anos.

No entanto, neste período, um braço da economia conseguiu se manter em crescimento: o das franquias. Segundo a Associação Brasileira de Franchising (ABF), o faturamento do setor foi 11,2% maior nos primeiros seis meses do ano na comparação com a primeira metade de 2014, movimentando R$ 63,8 bilhões.

Para a ABF, os empresários deste setor, assim como os dos outros, estão sentindo a pressão da elevação dos custos, como a inflação de 9,5% registrada em agosto pelo IBGE, mas esse aumento é menor do que o de um empreendedor individual percebe, devido ao poder de negociação de matéria-prima em rede, que a franquia oferece.

O franqueado de uma rede que vende bolos caseiros, Marcelo Borges, aponta que o negócio aberto em novembro do ano passado cresceu 40% neste ano, embora tenha percebido estagnação nas vendas do mês de agosto na comparação com julho.

Ele acredita que o bom rendimento da loja e o setor da alimentação não sentir tanto os efeitos da crise, é em razão de se tratar de algo essencial. Além disso, considerar o mercado de bolos caseiros pouco saturado no município.

“Como estou no começo, tenho clientes novos todos os dias. E os produtos têm preços mais baixos, e por isso não sofrem tanto. Hoje em dia, é um ótimo negócio ser franqueado”, afirma Borges.

Já a empresária Cristiane Volpon, que abriu uma franquia de uma pizzaria há três meses, diz que a loja atrai clientes por se tratar de uma marca que está em vários cantos do mundo, pela qualidade do produto oferecido e pelo valor competitivo.

“Sinto que vendemos bem. As pessoas vêm porque conhecem a nossa pizza de outros países. A marca já veio pronta para gente. Não é uma coisa que eu preciso fazer. E é um produto de qualidade”, conta Cristiane.

Ela também fala que abriu o negócio neste momento delicado da situação econômica do País por considerar o ramo da alimentação mais difícil de se errar na hora de investir. “Não sentimos muito a situação econômica atual. De qualquer forma, na crise, até as pessoas de classe social mais elevada também procuram por preços mais baixos, e nosso produto tem um preço bem competitivo”, completa.

Revide Online
Leonardo Santos
Fotos: Arquivo Revide 

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