Enquete do Procon-SP mostra que 65% dos consumidores revelaram problemas com compras em redes sociais
Procon fez lista com dicas para quem quer comprar pelas redes sociais

Enquete do Procon-SP mostra que 65% dos consumidores revelaram problemas com compras em redes sociais

Facebook, Instagram, Whatsapp e Youtube serão notificados a explicar sobre a política de acompanhamento dos perfis com práticas comerciais

O Procon-SP realizou uma pesquisa, por meio de enquete no stories do Instagram, com o objetivo de mapear os problemas enfrentados pelos consumidores ao comprar pelas redes sociais. Segundo o resultado, dos 353 internautas que participaram, 65% revelaram ter tido problemas nessas compras. Por conta disso, o Procon-SP irá notificar as redes Facebook, Instagram, Whatsapp e Youtube para que expliquem sobre a política de acompanhamento e controle que adotam em relação aos perfis com práticas comerciais a fim de garantir que a legislação seja cumprida.

Apesar dos problemas, dos 227 consumidores que responderam se voltariam a fazer compras pelas redes sociais, 62% afirmaram que sim e 38%, que não. "De acordo com a pesquisa, boa parte das pessoas que teve problemas voltaria a comprar pelas redes sociais - o que indica que as compras online são uma alternativa cada vez mais presente para os consumidores, seja pela praticidade ou rapidez", afirma Fernando Capez, diretor executivo do Procon-SP.

Entre os que tiveram problemas, 40% (85 pessoas) acionaram o atendimento do Procon-SP e 60% (129 pessoas) não o fizeram. O diretor do Procon-SP reafirma a importância de procurar a instituição: "Nosso atendimento tem um alto índice de efetividade, de mais de 80% de solução dos casos. Caso enfrente algum problema de consumo, tenha dúvidas ou precise de uma orientação, o Procon-SP está disponível para auxiliar. Busque pelo site ou app Procon.SP", informa Capez. "O fato de realizar venda pelas redes sociais, não isenta o fornecedor de cumprir com as determinações do Código de Defesa do Consumidor", acrescenta.

Outros resultados da enquete

De 223 consumidores que responderam ter tido problema, 61% afirmaram que o problema foi ao comprar pelo Instagram; 20%, pelo Facebook; 16%, pelo Whatsapp e 3%, pelo Youtube. O principal problema foi com a entrega ou troca do produto: 47% responderam ter sido essa a questão enfrentada. O segundo maior problema citado foi a qualidade do produto, com 30%; seguido por problemas com pagamento ou restituição, resposta de 17%; e de questões relacionadas ao contato com o vendedor, 6%. Um total de 167 consumidores responderam a essa pergunta.

Quando questionados sobre qual segmento de produto estavam comprando, 44% revelaram que o problema foi ao comprar eletroeletrônicos; 39%, itens de vestuário; 11%, cosméticos e 6%, alimentos. Essa pergunta foi respondida por 221 participantes.

Sobre o perfil em que realizaram a compra em que houve problema, dos 179 consumidores que responderam a essa pergunta, 52% informaram ter sido de perfil verificado; 23%, de perfil novo; 17%, de perfil indicado por influenciador e 8%, do perfil do próprio influenciador.

O Procon-SP elaborou dicas para evitar problemas e golpes no ambiente virtual, confira:

* desconfiar de preço muito abaixo do mercado;
 

*observar com atenção e conferir o endereço eletrônico do estabelecimento;
 

* buscar informações sobre o fornecedor: endereço, atividades realizadas, meios de comunicação, etc; guardar as mensagens relativas a oferta, descrição do produto, preço e formas de pagamento;
 

* não comprar de perfil que não tenha CNPJ, endereço físico ou virtual (informações necessárias para a localização do fornecedor);
 

* consultar a lista "evite esses sites" no site do Procon-SP, que divulga sites que devem ser evitados, pois tiveram reclamações de consumidores, foram notificados, não responderam ou não foram encontrados. Confira aqui;
 

* não fornecer dados, senhas, códigos, etc;
 

* não acreditar em ofertas de ajuda, sorteio, dinheiro etc enviadas pelo whatsapp, redes sociais, e-mails e não clicar nesses links;
 

* não confiar e não compartilhar links e informações dos quais não tenha certeza da origem;
 

* não preencher formulários que não estejam nos sites oficiais;
 

* baixar aplicativos apenas das lojas oficiais;
 

* em caso de dúvidas ou dificuldades, procure um familiar ou amigo que possa ajudar;
 

* utilizar antivírus no computador, tablet e smartphone;
 

 


Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil

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