Ministro diz que foi mais fácil fazer Copa do Mundo do que sair da crise

Ministro diz que foi mais fácil fazer Copa do Mundo do que sair da crise

Em visita à Fenasucro, Aldo Rebelo disse que é necessário olhar para o futuro para se superar adversidades

Para o ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Aldo Rebelo (PC do B), foi mais fácil fazer uma Copa do Mundo no Brasil do que está sendo guiar o País para o fim da crise econômica. Rebelo, que visitou nesta terça-feira, 25, a XXIII Fenasucro & Agrocana, também disse que o Brasil irá superar as atuais adversidades, assim como nossos antepassados conseguiram em outras ocasiões.

“A Copa do Mundo não foi difícil, a dificuldade estava na cabeça de algumas pessoas. O Brasil já fizera coisas muito mais importantes, coisas muito mais difíceis do que Copa do Mundo. Mais difícil foi organizar o Brasil, fazê-lo a sétima economia do mundo, criar o setor agroindustrial mais competitivo do planeta. Isso conseguimos fazer. E esse setor, que vive momentos de dificuldades, o Brasil também encontrará o caminho para recuperá-lo, e recuperar o conjunto da economia do País. O projeto de desenvolvimento do Setor sucroalcooleiro no Brasil, é o projeto de desenvolvimento nacional, e os momentos difíceis serão superados quando o País retomar o crescimento da economia”, afirmou Rebelo, que foi ministro dos Esportes no primeiro mandato da presidente Dilma Rousseff (PT), entre 2011-15.

Durante a cerimônia de abertura da Feira, o ministro também lembrou que o início do mandato do presidente Lula foi parecido, com a realização de reajustes nas contas do governo federal, mas destacou que o importante agora é olhar para frente, e lembrou que o País é o terceiro lugar no mundo onde mais estão sendo realizados investimentos estrangeiros, perdendo apenas para China e Alemanha.

Política vence o mercado

Também visitaram a Fenasucro nesta terça, o vice-governador do Estado de São Paulo, Márcio França (PSB), que também é secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia. Ele assinou, durante a solenidade de abertura da Feira uma carta de intenções junto à Faculdade de Tecnologia (Fatec) de Sertãozinho, para repasses de R$ 2 milhões, que serão destinados ao desenvolvimento de tecnologia para a indústria do setor sucroenergético. O secretário estadual de Agricultura e Abastecimento, Arnaldo Jardim (PPS) também participou da solenidade de abertura.

França disse que a crise que o Brasil vem passando é econômica, mas que a solução para ela será alcançada de maneira política, já que planeja dar mais atenção para os empreendedores com projetos de inovação tecnológica.

“O governador Geraldo Alckmin já disse que as portas do Palácio dos Bandeirantes (sede do governo do Estado), estão abertas para aqueles que apresentarem propostas para produção de tecnologia”, disse o vice-governador, lembrando que o estado é responsável por 72% das pesquisas de desenvolvimento tecnológico no País.

Com relação as empresas sertanezinas que estão diminuindo a produção, demitindo empregados e abandonando o setor de desenvolvimento tecnológico, devido à crise, o secretário da Agricultura apontou que o primeiro passo para evitar a estagnação de desenvolvimento de inovação é recuperar os empregos perdidos e demanda para essas indústrias.

“A discussão que foi lançada hoje, que é um retrofit e ter mais incentivos, o governo já reconhece isso. Tem dado isenção tributária para troca de equipamentos. E tem que se discutir de que forma a recolha da palha da cana tem que ser melhorada”, explicou Jardim.

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Leonardo Santos (colaborador)

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