No 1º semestre de 2015, recolhimento de impostos cai 7,5%
Diminuição foi agravada pela queda da produção na indústria
A Região de Ribeirão Preto recolheu 7,5% menos impostos federais no primeiro semestre do ano, na comparação com os primeiros seis meses de 2014, de acordo com o Boletim Termômetro Tributário, da Fundação para Pesquisa e Desenvolvimento da Administração, Contabilidade e Economia (Fundace).
O total recolhido na região atingiu R$ 1,7 bilhão entre janeiro e junho. No município de Ribeirão Preto a arrecadação foi de R$ 945 milhões, 5,2% inferior à do no ano passado.
O tributo que apresentou a maior queda na cidade, foi o Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ), que arrecadou menos 11%, seguido pela Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins), que diminuiu 10,4%. O Imposto Sobre Produtos Industrializados (IPI) caiu 8,7%, o Pis/Pasep diminuiu 8,6%, a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) despencou 9,6%, e o Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF) ficou estável, com a diminuição de 0,2%.
Contando com os outros municípios da região, como Sertãozinho, que vive forte recessão, o IRPJ expressou significativa queda de 15,6% em sua arrecadação, seguido da CSLL, Cofins, PIS/PASEP e IRRF, com quedas de 13,7%, 10,8%, 9,0% e 3,0%, respectivamente. Já o IPI apresentou crescimento de 1,6%.
No Brasil e no Estado
No Estado de São Paulo a arrecadação ficou 2,6% menor, graças ao Imposto de Renda da Pessoa Física, que jogou o levantamento para cima, já que houve crescimento de 14,3%, na comparação com os primeiros seis meses de 2014. O Imposto de Renda da Pessoa Jurídica foi na contramão, e caiu 15,7%.
Situação parecida aconteceu com relação a todo o País, que na soma total teve queda de 0,9% dos tributos, novamente puxado pelo IRPF, que subiu 8,3%, mas em compensação, o IRPJ decresceu 9,8%.
Indústria causa a queda
Os economistas responsáveis pelo levantamento afirmam que “a queda da arrecadação que tem sido observada ao longo deste ano, gera dificuldades significativas para a realização do ajuste fiscal almejado pelo governo federal, justificando boa parte da decisão recente de diminuição da meta de superávit fiscal”.
Eles também apontam que a diminuição de recolhimento de alguns impostos, como o IPI, compactuam com a diminuição da produção industrial no País, de 5% nos últimos 12 meses, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
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Fotos: Arquivo Revide
