Região arrecadou 9,4% menos impostos federais em 2015

Região arrecadou 9,4% menos impostos federais em 2015

No município de Ribeirão Preto, queda foi de 8,5% na comparação com 2014, aponta estudo

A arrecadação total acumulada de impostos federais na região de Ribeirão Preto ao longo de 2015 foi 9,4% menor que o acumulado nos 12 meses de 2014, o que totalizou R$ 3,549 bilhões. 

O Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ), segundo dados do Boletim Termômetro Tributário do Ceper/Fundace, apresentou a significativa queda de 15,3% em sua arrecadação, seguido da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), Contribuição para Financiamento da Seguridade Social (Cofins), PIS/PASEP, Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF) e Imposto sobre Produto Industrializado (IPI), que tiveram reduções de 13,9%, 11,4%, 9,6%, 1,5% e 1,4%, respectivamente.

No município de Ribeirão Preto, o total de R$ 1,859 bilhões arrecadados entre janeiro e dezembro de 2015 representa redução de 8,5% na comparação com 2014. Assim como na região, o IRPJ  também registrou queda, de 14,9%, seguido pela CSLL, COFINS, PIS/PASEP, IPI e IRRF que apresentaram quedas de 13,3%, 12,3%, 11,0%, 6,5% e 1,9%, nesta ordem.

Dezembro

Os municípios da região de Ribeirão Preto registraram, em conjunto, arrecadação total de R$ 254,067 milhões em dezembro de 2015, montante 10,9% inferior quando comparado ao mesmo mês de 2014. Com exceção do IPI e do IRRF, que apresentaram crescimento de 3,2% e 1,9% respectivamente, todas as rubricas analisadas sofreram variações negativas, sendo as quedas mais significativas nas arrecadações da COFINS e do IRPJ, no montante de 12,5% e 11,7%, nesta ordem.

A cidade de Ribeirão Preto apresentou comportamento semelhante ao observado na região. A arrecadação atingiu a marca de R$ 128,062 milhões, valor 11,5% inferior ao arrecadado em dezembro de 2014. Todas as rubricas analisadas apontaram quedas em seus recolhimentos, que foram de 20,5% para o IPI, 17,1% para a COFINS, 14,2% para o IRRF, 11,8% para o PIS/PASEP, 9,9% para o IRPJ e 8,1% para a CSLL.

Os pesquisadores avaliam que a queda de colhimento tributário que ocorre em todo o Brasil, além de servir como medida do enfraquecimento da economia brasileira, tem um efeito negativo direto sobre as contas do Governo Federal. “Conforme recentemente divulgado, em janeiro de 2016, o superávit primário fechou com saldo positivo após oito meses de resultados negativos, mas este resultado se deve à fatores pontuais. A expectativa é que ao final de 2016 ocorra um novo déficit, assim como ocorreu em 2014 e 2015”, destaca o professor Sergio Sakurai.


Foto: Divulgação

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