Setembro é o 1º mês com deflação em Ribeirão, desde dezembro de 2014
Setembro é o 1º mês com deflação em Ribeirão, desde dezembro de 2014

Setembro é o 1º mês com deflação em Ribeirão, desde dezembro de 2014

IPC foi empurrado para baixo motivado pelo valor dos alimentos e produtos relacionados ao transporte

Pela primeira vez desde dezembro de 2014, os produtos verificados pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPC), da Associação Comercial e Industrial de Ribeirão Preto (Acirp), ficaram mais baratos, na média. O IPC referente ao mês de setembro, divulgado nesta sexta-feira, 28, marcou deflação de 0,44%, puxado principalmente pelo preço da alimentação e transporte.

Os produtos que apresentaram maior variação nos preços foram aqueles relacionados ao transporte, com variação negativa de 0,88%, principalmente em razão da queda de 3,9% nos preços de veículos seminovos, e também das promoções nos valores das passagens aéreas, que por ser baixa temporada, ficaram 5,6% mais baratas.

Já o preço dos alimentos também contribuiu para a baixa nos preços, pois ficaram 0,87% mais em conta, valor movido principalmente pela sazonalidade dos produtos, já que as frutas (-0,1%), os tubérculos (-16,6%), legumes (-4,6%), verduras (-7%), leite (-13,9%), ficaram mais baratos, assim como a alimentação externa (-0,35%).

Porém alguns alimentos ficaram mais caros, como a carne bovina (4,3%), frango (0,4%), açúcar (0,2%), derivados do leite (1,51%), e também o café (0,3%) e as bebidas (1,9%).

No ano, porém, os preços ainda estão em alta. A inflação acumulada nos 9 primeiros meses de 2016 é de 4,92%, e nos últimos 12 meses é de 6,49%. Já os produtos monitorados, que são referentes a prestação de serviços, apresentaram estabilidade em setembro, e no ano acumulam inflação de 4,7%.

A prévia para outubro do IPC, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), ficou em 0,19%. A taxa é menor que a registrada em setembro (0,23%) e é a mais baixa para o mês de outubro desde de 2009 (0,18%).

A queda da taxa de inflação entre setembro e outubro foi provocada principalmente pela deflação (queda de preços) de 0,25% dos alimentos na prévia de outubro. Em setembro, esse grupo de despesas havia apresentado deflação de apenas 0,01%.


Foto: Elza Fiuza/ABr

Compartilhar: