Vendas do comércio de Ribeirão caem pelo 17º mês seguido
Abril de 2016 registrou queda de 4,07%; Vestuário foi o setor com mais resultados negativos seguido por presentes
As vendas do comércio varejista de Ribeirão Preto apresentaram uma queda de 4,07% em abril de 2016, na comparação com o mesmo período do ano passado, quando a variação foi de 2,05%. Esse é o 17º mês consecutivo com registro de quedas, segundo a pesquisa Movimento do Comércio, realizada pelo Sincovarp – Sindicato do Comércio Varejista de Ribeirão Preto e região.
Entre as empresas entrevistadas, 60,4% declararam que as vendas de abril de 2016 foram inferiores as do mesmo mês do ano passado enquanto, 22,9%, consideraram o contrário e, para 16,7%, foram equivalentes nos dois períodos.
De acordo com Marcelo Bosi Rodrigues, economista e responsável pela pesquisa, o mês de abril foi conturbado por conta da situação política do país, com um processo de impeachment que se arrasta e adia a tomada de decisões importantes no que se refere às políticas públicas do Brasil.
“Esse cenário traz uma aura de incerteza que mantem a economia em compasso de espera, sem que empresários tomem decisões de investimentos e consumidores decisões de compras. Enquanto o impasse político não for solucionado e uma coesão política não for encontrada, a tendência é a economia ficar estagnada”, comenta Bosi.
Setorial
Entre os setores, as quedas foram generalizadas. O pior resultado foi apresentado por Vestuário (–7,25%), seguido por Presentes (–6,14%), Livraria/Papelaria (–5,77%), Cine/Foto, (–4,85%), Eletrodomésticos (–4,75%), Móveis (–2,60%), Tecidos/Enxoval (–2,41%), Ótica (–2,36%) e Calçados (– 0,50%).Emprego
Em abril de 2016, a pesquisa apurou uma redução média de – 0,87% no número de postos de trabalho. Entre as empresas consultadas, 89,6% mantiveram o número de funcionários, enquanto 10,4% declararam ter demitido e nenhuma contratou. Os setores com mais demissões e suas respectivas reduções nos quadros funcionais foram: Eletrodomésticos (-2,22%), Vestuário (–2,08), Calçados (–2,00%) e Livraria/Papelaria (–1,49%).
Foto: Arquivo Revide