Candidatos apontam problemas no chamamento de 112 professores em RP

Candidatos apontam problemas no chamamento de 112 professores em RP

Os profissionais alegam que notas referente aos cursos de pós-graduação não foram somadas à pontuação

Candidatos apontam problemas no lançamento de notas em processo seletivo da Prefeitura de Ribeirão Preto que convocou 112 professores para o início do ano letivo de 2020.

Segundo um grupo de professores consultados pela reportagem do Portal Revide, ocorreram erros na publicação da pontuação, principalmente, nos itens referentes à pós-graduação. Os educadores também reclamam de ambiguidades no texto do edital. A Secretaria de Educação confirmou que houve divergências em casos pontuais envolvendo a avaliação individual de títulos e processamento dos recursos deferidos.

Ao prestar um processo seletivo da Secretaria de Educação, além da nota obtida na prova, os professores recebem pontos extras por cada pós-graduação. Doutorados valem 10 pontos, mestrados 3 e pós-graduações lato sensu, 3.

O edital do processo seletivo foi publicado no Diário Oficial do Município (DOM) no dia 17 de outubro de 2019. A prova objetiva foi aplicada no dia 15 de dezembro e as inscrições variaram de R$ 55 a R$ 65 por candidato. A prova foi aplicada pela Fundação Vunesp.

Segundo texto publicado no site da Prefeitura, foram contratados 66 professores de PEB II, três PEB III de Ciências Físicas e Biológicas, oito PEB III de Língua Portuguesa, nove PEB II de Matemática e 26 PEB III de Atendimento Educacional Especializado (AEE).

O que diz a Prefeitura

Por meio de nota, as Secretarias da Administração e Educação informam que tomaram conhecimento de eventual divergência em casos pontuais envolvendo a avaliação individual de títulos e processamento dos recursos deferidos.

Os casos foram encaminhados à Vunesp, responsável pelo processo seletivo, para que fossem reavaliados. Se verificada alguma irregularidade, as pastas irão avaliar as medidas cabíveis. O prazo para que a Vunesp informe o resultado da reanálise, segundo informou o Executivo, terminou nesta sexta-feira, 7.

O Portal Revide entrou em contato com a Vunesp, mas não obteve retorno até o fechamento desta matéria.

Relatos

"Fiz um recurso, pois tenho duas pós-graduações e cada uma vale 3 pontos. Vi o edital que o meu recurso foi deferido, só que eles não contabilizaram seis pontos, mas apenas três", declarou uma candidata em sigilo. Com isso, ela ocupou uma posição abaixo no processo de atribuição de aulas.

No dia 31 de janeiro, foi divulgado uma classificação prévia pela Vunesp, no dia seguinte foi publicado o chamamento. "No dia 1º o prefeito já homologou e fez o chamamento. Só que a Vunesp falou que em dois dias sairia a classificação final e só saiu uma classificação prévia sem contabilizar os pontos corretos", declarou a candidata.

Uma segunda candidata ouvida relata um problema parecido. "Fiz o processo seletivo, mas não contaram o meu título de pós-graduação. Entrei com o recurso sobre o título e eles não somaram mesmo sendo deferido. Aí mandei um e-mail e me passaram um protocolo. Liguei umas quatro vezes e nada. Levei um susto quando vi que o processo seletivo foi homologado", declarou. 

O problema também se estende para educadores que não tiveram erros nas notas. Uma professora que foi aprovada reclama que a indefinição no processo seletivo fez com que o seu início na sala de aula fosse atrasado.

"Nos foram atribuídas salas para começarmos a trabalhar o mais rápido possível. Eu estava com uma sala em Sertãozinho, pedi exoneração, deixei de receber lá e agora a prefeitura diz que temos que esperar resolver todo esse rolo", explicou.

Os professores que tiveram as notas prejudicadas declararam que se não for oferecida uma solução, entrarão com uma ação no Ministério Público.


Foto: Divulgação /CCS

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