USP promove atividades para o empoderamento das pessoas LGBT+ em Sertãozinho

USP promove atividades para o empoderamento das pessoas LGBT+ em Sertãozinho

Entre as atividades está evento gratuito com informações sobre a retificação de nome e/ou gênero nos documentos e apoio na inserção ao mercado de trabalho

*Com informações de Felipe Capela - Jornal da USP.

 

Para garantir direitos às pessoas vulneráveis da comunidade LGBTQIAP, por meio do conhecimento de leis e programas que visam à proteção dessas pessoas, entre os dias 6 e 10 de fevereiro, a equipe do projeto USP na Comunidade: Empoderamento dos Meus Direitos LGBTQIAP realizará atividades para informar sobre a retificação de nome e/ou gênero, leis de proteção e auxílio para a elaboração de currículos para inserção no mercado de trabalho, tudo voltado à população LGBTQIAP. 

 

O evento, que será gratuito e aberto ao público, acontece das 9 até 15 horas, no Centro de Artes e Esportes Unificados (CEU), na cidade de  Sertãozinho. A coordenação é da professora Ednéia Silva Santos Rocha, do curso de Ciência da Informação e Documentação da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto (FFCLRP) da USP.  

 

O projeto é desenvolvido pelo Núcleo de Assessoria Jurídica à População LGBTQIAP da Faculdade de Direito (FDRP) e Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras (FFCLRP), ambas da USP em Ribeirão Preto, em parceria com a Pró-Reitoria de Cultura e Extensão Universitária da USP, Prefeitura Municipal de Sertãozinho, ONG Arco-Íris, Coletivo Coração, ONG Primavera, Comissão de Diversidade Sexual e Gênero da OAB de Ribeirão Preto e Núcleo de Prática do Centro Universitário Estácio. 

 

Capacitação

 

Para atender ao público-alvo do projeto, a equipe recebeu, no último mês de dezembro, capacitação para atendimento a pessoas LGBTQIAP com o presidente da Associação Arco-Íris, Fábio Jesus Silva. 

 

Na capacitação foram apresentados vídeos que exemplificam casos em que pessoas trans são expostas a situações constrangedoras e, principalmente, preconceituosas, uma vez que o trato inadequado ocorre majoritariamente pela falta de vontade de muitos em acolher o nome social da pessoa.

 

No processo foi  proposto, para um atendimento humanitário às pessoas trans e travestis dentro do projeto, a possibilidade de acolher a vontade dessas pessoas – em como querem ser chamadas, utilizando os pronomes que essas se sentirem confortáveis e também os nomes escolhidos por elas. 

 

Segundo Silva, no que se refere à retificação do nome e ou gênero de pessoas trans e travestis, há uma grande importância na possibilidade de alteração, pois se trata de uma questão de respeito às suas identidades e, por conseguinte, à dignidade humana.

 

"No entanto, enfrentam muitos desafios no processo de alteração, como: falta de compreensão bem estabelecida acerca da aplicação das normas de defesa da população LGBTQIAP pelos cartórios ou sistema de justiça necessidade de aguardar decisão judicial para a retificação para as pessoas não binárias e para menores de 18 anos, migrantes e brasileiras residentes fora do País; além da falta de gratuidade para essa alteração, o que imprede que muitas pessoas de baixa renda não consigam alcançar esse serviço". 

 

Para mais informações, clique aqui.


Foto: Arte sobre fotos de Tânia Rego e Tomaz Silva / Agência Brasil - Jornal da Usp

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