Casal que rodou o mundo de bike chega a Ribeirão Preto
Os dois pedalaram mais de 30 mil quilômetros; intenção agora é inspirar pessoas e expor material coletado durante expedição
Depois de três anos e meio pedalando por aproximadamente quarenta países, o fotógrafo ribeirãopretano André Cerri e sua esposa, a nutricionista Karla Silva Cerri, chegaram em Ribeirão Preto, no Parque Doutor Luiz Roberto Jábali (Curupira).
Recepcionados pelos familiares, o casal anunciou que já retorna à rotina na próxima semana, na capital paulista, onde vivem.
Ao longo da expedição, que percorreu aproximadamente 35 mil quilômetros – ou mais, pois, o fotógrafo perdeu seu aparelho GPS na parte final da jornada –, o casal fez amigos, dormiu em locais inusitados, como celeiros, batalhão do Corpo de Bombeiros e casa de pessoas que conheciam no caminho. “As bicicletas são como imãs. Podemos conhecer muito da hospitalidade das pessoas em diferentes lugares do mundo”, explica Cerri.
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Com o retorno ao Brasil, o casal revela que não pretende parar de viajar de bicicleta, mas que as novas expedições serão mais curtas. “Pretendemos ter filhos e levá-los para conhecer um pouco do que fez parte da nossa vida”, planeja o fotógrafo. “Queremos ainda inspirar mais pessoas através da nossa história e agora a nossa viagem continua através de exposições fotográficas, dos nossos vídeos”, completa.
Pela Mobilidade
Passando por diversos locais de diferentes culturas, o casal tem ainda o intuito de participar de debates acerca da Mobilidade Urbana no Brasil. "[O debate] é essencial. Não pedalávamos antes, decidimos fazer isso e logo na Europa começamos a ver toda essa questão. Passamos por alguns lugares aqui na região, como é o caso de Sorocaba que tem uma estrutura que está começando a ser montada, ainda há muito para ser feito mas o movimento tem ganhado força, temos que lembrar que nós somos um carro a menos e isso ajuda a ter um trânsito melhor, uma cidade mais humana", comenta o fotógrafo.
O casal aproveitou ainda para pedir mais respeito pelos ciclistas. "Não são os cinco segundos para esperar numa curva que vai te atrasar o dia, mas pode colocar a vida de uma pessoa em risco. Procure respeitar a distância de um metro e meio do ciclista. Pense que, se é difícil ficar três horas no trânsito, nós somos as pessoas que fazem com que este tempo diminua um pouco", conclui a nutricionista.
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Texto e foto: Bruno Silva
