Em ‘bicicletaço’, ciclistas pedem manutenção de Ciclofaixa em Ribeirão Preto
Muitos ciclistas continuaram utilizando as faixas na pista destinadas ao projeto, mesmo sem sinalização, na manhã deste domingo, 14
Um grupo de ciclistas realizou um “bicicletaço” na manhã deste domingo, 14, em Ribeirão Preto, pedindo a manutenção da “Ciclofaixa de Lazer”, que teve o programa encerrado no início de janeiro por falta de patrocinadores. Ao todo, 42 pessoas participaram da manifestação.
O grupo de ciclistas partiu do Parque Luís Carlos Raya, onde tem início a Ciclofaixa, que vai em direção até o Parque Roberto Jábali, o Curupira, e realizou uma volta, que contou com o apoio da Transerp pela Avenida Maurílio Biaigi, para mostrar a importância do espaço.
O organizador do ato, o instrutor de mecânica Ademar Izaias, conta que a intenção do “bicicletaço” é mostrar a importância da Ciclofaixa para Ribeirão Preto. Ele destacou que mesmo sem a sinalização do espaço, muita gente utilizou as faixas destinadas às bicicletas neste domingo e que motoristas também respeitaram os ciclistas.
“Quando se cria uma cultura, tudo fica mais fácil”, comenta o Ademar, que acredita que isso demonstra o quanto faz falta uma sinalização específica para o espaço. “É um excelente espaço para fazer esporte, saúde e integração familiar. Os carros respeitam também”, destaca o ciclista.
Com a mesma impressão ficou a empresária Juliana Trivilato, que frequenta a Ciclofaixa junto com as amigas. “Apesar de ter os agentes da Transerp, os motoristas respeitaram. Demos umas voltas antes da manifestação e vimos que eles não utilizavam a área da ciclofaixa, mesmo sem os cones e sinalização. Vai fazer muita falta, então não pode acabar”, afirma a empresária.
“Queremos que se cumpra a promessa”
A Prefeitura de Ribeirão Preto já anunciou que publicará um edital para empresas que tenham interesse em patrocinar a “Ciclofaixa de Lazer”, que deve ser publicado no Diário Oficial de Município até o fim do mês de janeiro. O governo afirma que a proposta está sendo analisada pela Secretaria de Administração e diz que os custos mensais para manutenção do espaço chegam a R$ 30 mil.
Ademar Izaias espera que a proposta realmente saia do papel e que não fique na promessa. Ele conta que o grupo não exige que o município arque com os custos, já que reconhece as dificuldades enfrentadas, mas espera que a organização do trânsito pela Transerp e a distribuição de água continuem.
“Sabemos que é um custo alto e que a prefeitura não tem condições de arcar com isso. O que queremos é que continue fornecendo espaço, água, e também que a Transerp faça a segurança do trânsito e que abra o edital para que uma outra empresa pegue, busque patrocínios e faça com que tenha o espaço funcionando. Não queremos a promessa e sim uma atitude”, conclui o ciclista.
Fotos: Leonardo Santos
