Carateca de RP fica entre as três melhores do mundo

Carateca de RP fica entre as três melhores do mundo

Stéphanie Trevisan garantiu o terceiro lugar na categoria até 61 kg. Atleta quase não embarcou para a competição

A carateca Stéphanie Trevisan, da Equipe de Caratê de Ribeirão Preto estreou com o pé direito em mundiais sub-21 e conquistou a medalha de bronze com a Seleção Brasileira na Indonésia, nesse final de semana. O campeonato reuniu 1453 atletas de 95 países diferentes.

Na primeira fase da competição, ela venceu a porto-riquenha Rita Cancel por 3x1 e a francesa atual campeã mundial Leila Heurtault por 2x0, mas foi derrotada pela japonesa Ayami Moriguchi por 7x0 e foi para a repescagem, onde lutou para chegar à medalha de bronze.

A busca pelo terceiro lugar no pódio começou com uma vitória de 4x3 em cima de Lucija Catlak, da Croácia, que é a atual campeã europeia. No combate decisivo, a adversária foi Jovana Prekovic, da Sérvia. A brasileira levou a melhor e ganhou por 2x0. Stéphanie dividiu o bronze com a alemã Anna Miggou. Nessa categoria, o ouro foi de Lotfy Giana, do Egito, e a prata de Ayami Moriguchi, do Japão.

Para o técnico da Seleção Brasileira Ricardo Aguiar, que também treina a carateca em Ribeirão Preto, essa medalha foi para coroar a temporada de Stéphanie. Ela já subiu para a categoria adulta, mesmo ainda tendo dois anos na base. Em 2015, também foi bronze da Premier League e campeã brasileira.

“A Stépanhie fez um excelente mundial, ainda mais por ser o primeiro dela. Mesmo depois de uma derrota, conseguiu competir muito bem na repescagem. Era uma atleta que ficou arriscada de não embarcar com a delegação por falta de recurso, mas conseguiu superar essa dificuldade e volta para o Brasil com uma medalha”, afirma Aguiar.

Ribeirão-pretanos no top 10

Os outros atletas de Ribeirão Preto que estiveram no mundial não subiram ao pódio, mas ficaram entre os dez melhores do mundo. Na categoria até 60 kg, Rafael Nascimento fez quatro lutas. Venceu o mexicano Gerardo Zavala 2x0, o peruano Erasmo Escalante 2x0 e o botsuano Thabang Omogolo 2x1. Nas quartas de final, perdeu para de 2x1 para Nabil Shweiki, da Jordânia.

Já Arthur Menezes (até 75kg), venceu duas das três lutas que disputou. O primeiro combate foi com o marroquino Youssef Chabab. Vitória por 3 x 2. Na segunda luta, o brasileiro bateu o canadense Patrick Rivest por 4 x 3, mas foi derrotado pelo turco Ahmet Uygur por 3 x 2.

No kata, competição com um nível ainda mais elevado segundo o técnico Ricardo Aguiar, Christian Tavares venceu o colombiano Luis Felipe Aguilar por 4x1, mas no segundo combate foi derrotado por 5x0 pelo espanhol Fernando Garcia, que ficou com a prata.

Seleção dobra medalhas

Além de Stéphanie, a outra medalha da Seleção Brasileira foi para Sabrina Pereira na categoria até 59kg.  Ela também conquistou o bronze. Mesmo com as dificuldades no fuso horário e na alimentação, a Seleção Brasileira, segundo Aguiar, teve um resultado positivo.

“Nós conseguimos dobrar o número de medalhas. Em 2013, na Espanha, conseguimos um ouro. Dessa vez, foram dois bronzes. Vários de nossos atletas conseguiram avançar até a quarta, quinta luta e ficar entre os dez melhores do mundo, o que é muito bom. Isso mostra que estamos evoluindo bem. Conseguimos superar os problemas de fuso horário [9 horas a mais do que no Brasil] e de alimentação. Quando estávamos nos adaptando, tivemos que voltar. Isso afetou alguns atletas.”, disse o técnico.

Com as duas medalhas o Brasil somou pontos no ranking da World Karate Federation, do qual ocupa, atualmente, a quinta colocação. A próxima edição do Mundial cadete, júnior e sub-21 será em 2017, no Egito.

Revide On-line com informações da assessoria de imprensa
Fotos: Divulgação

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