Estudo sugere maior gerenciamento do Aquífero

Estudo sugere maior gerenciamento do Aquífero

Pesquisa de universidade canadense aponta que quanto mais fácil o acesso à água do Guarani, mais interferência humana há

O estudo de uma universidade canadense qualificou a quantidade de água renovável disponível em mais de 40 mil aquíferos de todo o planeta. Entre as reservas pesquisadas está o Aquífero Guarani, do qual uma das principais áreas de recarga fica em Ribeirão Preto. O estudo foi publicado na revista científica Nature Geoscience.

A intenção dos cientistas é apresentar uma visão mais global da água no subsolo, para acompanhar a sensibilidade destes sistemas. A pesquisa é da Universidade de Victoria, e analisou dados da chamada “água moderna”, que tem menos de 50 anos de idade e é mais fácil de ser renovada – devido a baixa profundidade para extração -, entretanto, também é a mais suscetível às mudanças climáticas e que para os cientistas precisam ser melhores monitoradas.

“É água mais sensível às mudanças no clima e contaminação humana. Trata-se de um recurso vital que precisa ser mais gerenciado”, afirma o responsável pelo estudo, Tom Gleeson, que salienta que apenas 6% desta água são acessíveis ao consumo humano, o resto ou está muito profunda ou apresenta um grau de concentração de minerais muito elevados, fazendo que a salinização dela seja maior do que o encontrado no mar.

Para o levantamento, os cientistas realizaram a análise da permeabilidade de rochas e do solo, a porosidade e as características dos lençóis freáticos. A pesquisa constatou que em todo o planeta existem mais de 23 milhões de quilômetros cúbicos de água subterrânea, o suficiente para cobrir a Terra com uma lâmina de 180 metros de altura de água.

Foto: Divulgação

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