Falta de chuva na região de Ribeirão Preto pode causar problemas ao meio ambiente
Cidades trabalham a conscientização do uso de água durante a estiagem por meio das redes sociais
A Somar Meteorologia aponta que maio, o último mês antes da estiagem, choveu apenas 2.8mm na região de Ribeirão Preto, enquanto a média de precipitação neste período é de 58mm. Em consequência disso, a região passa por um período de estiagem particularmente difícil, ficando constantemente a mercê de incêndios em matas e terrenos da cidade. Além, é claro, da falta de água.
A região enfrenta a falta de chuvas significativas há meses, e essa escassez já compromete o abastecimento das cidades, visto que ele é, em grande parte, feito pela captação da água de represas e rios. A falta de água é real e preocupante. Com a redução no volume de chuva os reservatórios se esvaziam e consequentemente prejudicam o abastecimento.
Municípios como Ribeirão Preto, que se abastecem exclusivamente de águas subterrâneas, também se veem prejudicados com o baixo volume de precipitações, haja visto o impacto na recarga do Aquífero Guarani.
A Prefeitura de Ribeirão Preto, como as cidades de Sertãozinho e Jardinópolis, tem contribuído para a preservação da água trabalhado na conscientização pública através das redes sociais e de ações concretas dentro do município, como por exemplo, aulas e oficinas, que foram suspensas por conta da pandemia.
Dentre as práticas orientadas pelo poder público estão, tanto o consumo consciente de água, quanto as orientações com cuidados necessários para evitar vazamentos e auxiliar na preservação do Aquífero Guarani.
Sertãozinho
A prefeitura de Sertãozinho investe na formação ambiental do cidadão unindo esforços das secretarias de Educação, Meio Ambiente e Assistência Social. Além de ações nas escolas e demais equipamentos da Educação e da Assistência Social, a Secretaria de Meio Ambiente mantém a Escola de Educação Ambiental "Clóvis Badelotti", que oferece aulas práticas e oficinas sobre os caminhos da água e sua importância, destinação de resíduos, botânica, educação ambiental no cotidiano e diversos outros temas.
Jardinópolis
Para que não falte água, a Prefeitura de Jardinópolis vem pedindo para que a população a use de forma consciente e sem desperdício. "Tendo em vista o longo período de estiagem pelo qual estamos atravessando, pedimos a todos os moradores para que utilizem a água de maneira consciente. Evite lavar calçadas com frequência, veículos, etc. Colabore para que não falte água", comunica nota do Departamento de água e esgoto do município.
Aquífero Guarani
O Aquífero Guarani, grande reservatório de água que se localiza abaixo da superfície, é tema de inúmeras campanhas de conscientização em escolas e materiais de preservação da água. A preocupação de cidades como Ribeirão Preto com essa orientação deve ser ainda maior, haja visto que não há outra forma de abastecimento.
A qualidade e potência de distribuição da água desse manancial está cada vez mais prejudicada em decorrência de práticas de desperdícios, vazamentos na tubulação, poluição do solo e ocupação urbana irregular. A preservação desse recurso deve ser realizada não só pelo poder público, mas também pelos moradores da cidade.
Práticas como o descarte irregular de lixo, o uso contínuo e desnecessário de água potável e a impermeabilização do solo podem acarretar sérias consequências para um abastecimento de qualidade na cidade.
Queimadas
Além do problema com o reabastecimento do Aquífero Guarani e a falta de água, a região também enfrenta problemas com as queimadas.
Como a umidade do ar neste período fica baixa, e consequentemente o tempo mais seco, o risco de queimadas aumenta. Na vegetação urbana, os incêndios podem causar diversos danos a fauna, flora e solo da cidade.
O coordenador da Defesa Civil de Ribeirão Preto, Tiago Caldeira, explica que “é um período com diversas ocorrências relacionadas ao fogo urbano. É importante a população colaborar com as autoridades e, em casos de incêndio ou fumaça, acionar de imediato o Corpo de Bombeiros e a Defesa Civil do município”.
A fiscalização desse problema se dá por meio de denúncias nos telefones 193 e 199, Corpo de Bombeiros e Defesa Civil respectivamente.
*Com a colaboração de Laura Oliveira e supervisão de Raissa Scheffer.
Foto: JF Pimenta
