Píton do Bosque Fábio Barreto está incubando 80 ovos

Píton do Bosque Fábio Barreto está incubando 80 ovos

Os ovos são depositados pela fêmea, porém o macho ajuda na incubação até o nascimento dos filhotes

O trabalho é em dupla e constante. Mãe e pai, já que muitos filhotes nascerão em breve. Até o final de dezembro, o Bosque e Zoológico Fábio Barreto deve ganhar muitos novos habitantes. Oitenta ovos estão sendo incubados pela fêmea, com a ajuda do macho, da espécie Píton Molurus ou Indiana, como também é conhecida.

Há três semanas, a fêmea depositou os ovos que ainda devem ficar incubados pelo menos até o final de dezembro, no nascimento dos filhotes.

A incubação das Pítons dura de 50 a 90 dias. Trata-se do período em que as cobras ficam enroladas sobre os ovos, após depositá-los, para protegê-los e mantê-los na temperatura necessária para o nascimento dos filhotes. Com movimentos suaves de contração, a temperatura dos ovos pode aumentar de 5º a 10ºC.

Diante da grande quantidade de ovos e por ser a primeira incubação desta Píton no Bosque, alguns ovos foram retirados do recinto e estão sendo incubados artificialmente. “Essa prática é comum e garante um número maior de nascimentos. Além disso, podemos acompanhar o desenvolvimento dos ovos, já que quando as Pítons ficam sobre os ovos, dificilmente conseguimos ter acesso a eles”, disse a bióloga Marisa dos Santos.

“Essa fêmea chegou ao Bosque/Zoo em 2010 e o macho em 2012. Foi o primeiro acasalamento dessas duas serpentes desde que nos foram doadas. Devido à grande quantidade de ovos, estamos fazendo o monitoramento diariamente”, comenta o zootecnista Alexandre Carvalho Gouvêa, chefe do bosque e Zoológico Municipal Fábio Barreto.

Além das duas Pítons Indianas escuras, o Zoo também abriga no Serpentário uma Píton Albina, que é branca e amarela.

Píton Molurus, ou Indiana – Essa serpente pode alcançar 6 metros da cabeça à cauda e pesar 95 quilos. Sua cabeça é triangular e pequena se comparada ao tamanho do corpo. A expectativa de vida dessas cobras é de 10 anos, em média, porém, há casos de chegarem aos 30 anos.

Para caçar, as Pítons dispõem de um sistema de captação do calor de suas presas, localizado nas mandíbulas. Trata-se de uma cobra não venenosa que mata suas presas por estrangulamento.

A alimentação das Pítons jovens é a base de roedores, pequenos lagartos e filhotes de aves. Já as adultas se alimentam de grandes lagartos, crocodilos, cervos, entre outros animais.

Vivem especialmente no sudeste asiático, ocupando bosques e outros ambientes mais úmidos cercados por rios, como zonas pantanosas.

Na primavera é quando ocorre o acasalamento da espécie, tanto em água, como em terra. Os ovos são depositados após dois meses do acasalamento, podendo chegar até a 100 unidades.

Os filhotes chegam a medir 55 centímetros e 20 quilos, mas a maturidade sexual acontece entre o 2º e 3º ano de vida.

Revide On-line com informações da Prefeitura de Ribeirão Preto
Fotos: Carlos Natal/CCS

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