Independência e Jardim Paulista: Pessoas
Conheça algumas das personalidades do Jardim Paulista e Independência
Nainôra Barbosa de Freitas - Barão de Mauá
“Moro no Jardim Paulista desde 1999. O escolhi porque era próximo da Barão de Mauá, onde trabalhava. Quando a faculdade se instalou no bairro, na segunda metade do século XX, não tinha quase nada. Eram chácaras que existiam ali. Então, ele foi crescendo e se desenvolvendo. Mudou muito na última década, porque verticalizou, mas, ainda mantém características do que já foi, com muitos moradores antigos, o que é muito bom. Era comum, quando mudei, ver as pessoas sentadas nas calçadas à tardezinha e as crianças brincando. Hoje, são poucas famílias que ainda fazem isso. É um bairro completo em termos de comércio e de lazer, fácil de se viver, próximo a tudo. Possui algumas praças gostosas, como a San Leandro, onde as pessoas fazem caminhada, muitas opções gastronômicas e na Avenida 13 de maio, bem pertinho, há muitos food trucks à noite, de tudo o que você quiser, desde pizza à lenha até lanches gourmets. Seria ainda melhor se fosse mais arborizado”, afirma.
Vitor Luis Lobo da Silva - Jardim das Pedras
Morador do Jardim das Pedras desde 2003 e síndico do residencial desde 2017, Vitor trabalha há quatro mandatos para a recuperação do local, que adquiriu má fama por conta de conflitos. “O condomínio tinha acabado de sair de uma intervenção judicial. Comecei melhorando a segurança, automatizando portarias e reorganizando o fluxo de entrada e saída. A maior dificuldade em administrar um condomínio desse tamanho é conciliar as necessidades atuais dos moradores com as necessidades de reformas e melhorias na estrutura, pois são quase 40 anos de construção e os custos de manutenção acabam sendo altos. Aplicamos técnicas modernas de gestão administrativa, otimizando recursos, e seguimos promovendo melhorias que estão mudando o conceito sobre o Jardim das Pedras”, comenta.
Na sua opinião, o Jardim Paulista é o melhor lugar de Ribeirão Preto para se morar. “É um bairro incrível, tem vida noturna agitada, universidade, supermercados, escolas públicas e privadas, bancos, UPA e está renascendo com novos edifícios. O investimento em bairros antigos deveria ser prioridade da administração pública, visto que toda a infraestrutura de asfalto, esgoto, energia elétrica e transporte público está pronta, não sendo necessário novos investimentos”, enfatiza.
Arnaldo Morandin - Plantio de árvores
Quando se mudou para o Independência, há mais de 50 anos, bem no começo do bairro, só havia a sua casa e de mais um vizinho e era tudo muito precário ainda. Segundo conta seu Arnaldo, vários pés de laranjeira foram derrubados para dar início ao loteamento e a situação, em termos de árvores, era desoladora. Por isso, assumiu para si essa responsabilidade. Como sempre gostou da natureza, começou a produzir mudas no pequeno jardim na frente da sua casa mesmo.
Ele chegava do trabalho, como mecânico, e ia fazer caminhada pela Avenida Paschoal Inecchi, levando água para cuidar das mudas de ingás, farinhas-secas, ipês, mangueiras, entre outras, que ele mesmo plantou. Não fosse sua iniciativa e o cuidado contínuo para manter as árvores vivas até “se virarem sozinhas”, quem passa pela avenida, hoje, não teria a bela paisagem que ela oferece e nem quem mora no bairro se beneficiaria da qualidade do ar e do clima mais ameno que elas oferecem.
“Não foi fácil. Era no balde, uma secura de dar medo. Pedia água no posto para regar, porque era mais perto, e fazia as mudas em latas de óleo. Um dia, minha mulher pegou os meninos e fez levarem todas as latas que estavam em casa para o canteiro”, recorda.
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Foto: Arquivo Revide
