Dárcy Vera pede a reforma de sentença em condenação na Operação Sevandija
Defesa aponta que falta de pagamento de prestações de imóvel mostra que ex-prefeita não teria recebido propina
A defesa da ex-prefeita de Ribeirão Preto Dárcy Vera pediu à Justiça a reforma da condenação de 18 anos e 9 meses referente à Operação Sevandija. De acordo com a acusação, Dárcy teria recebido propina para autorizar a liberação dos honorários advocatícios de Maria Zuely Librandi.
No documento anexo ao processo, junto à 4ª Vara Criminal de Ribeirão Preto, a defesa de Dárcy Vera argumenta que, com a prisão – a ex-prefeita está detida desde maio de 2017 –, a família não conseguiu pagar as parcelas de um imóvel financiado por meio da Caixa Econômica Federal.
Por este motivo, a situação não seria compatível com a acusação de que Dárcy teria recebido a propina apontada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público de São Paulo. “Não há razão, diante disso, para supor que o tacanho patrimônio da recorrente foi amealhado através de práticas criminosas”, afirma.
Segundo o Gaeco, a ex-prefeita teria recebido cerca de R$ 5 milhões até a deflagração da Sevandija, em setembro de 2016.
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Além disso, o documento assinado pelos advogados Maria Cláudia de Seixas e Tadeu Teixeira Theodoro, que defendem a ex-prefeita, afirmam que as interceptações telefônicas utilizadas pela acusação para apontar as irregularidades no governo Dárcy Vera ocorreram enquanto ela ainda era prefeita, o que seria irregular, pois era portadora do Foro Privilegiado, e só poderia ser investigada por instâncias superiores.
A petição também diz que a colaboração do ex-presidente do Sindicato dos Servidores Wagner Rodrigues deveria ser anulada pelo mesmo motivo, já que não poderia ser homologada nesta instância. No início das investigações, foi a Procuradoria de Justiça de São Paulo quem fez a acusação contra a ex-prefeita.
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