Gaeco cita “clamor social” e lamenta soltura de investigados na Operação Sevandija
Nesta quinta, 16, TJ-SP concedeu habeas corpus para libertar investigados em caso da Coderp-Atmosphera

Gaeco cita “clamor social” e lamenta soltura de investigados na Operação Sevandija

Promotoria rebate reclamação de excesso de prazo feita pelas defesas dos investigados

Após a concessão de liberdade provisória a quatro réus da Operação Sevandija, nesta quinta-feira, 16, pela 8ª Câmara de Direito Criminal do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público de São Paulo afirmou que aguardará publicação do acórdão das decisões do tribunal para avaliar um recurso.

O Gaeco afirmou, por meio de comunicado, que se posicionou contra as solturas de Layr Luchesi Jr., Davi Cury e Walter Gomes, através de liminar de habeas corpus julgadas pelo TJ-SP nesta quinta. O tribunal acatou argumento das defesas que já havia excedido o tempo da prisão preventiva dos réus. O advogado Sandro Rovani, embra tenha obtido habeas corpus, nao pode ser solto em função de ser réu em outra ação.

“Não houve excesso de prazo causado pela acusação [...], nem pelo Juízo do caso”, afirmou a promotoria, que ainda disse que as defesas dos investigados na Sevandija protocolaram dezenas de documentos após as audiências em que foram ouvidos os investigados e testemunhas, o que, de acordo com o Gaeco, teria retardado o encerramento do caso.

Além disso, os promotores afirmam que entregaram as alegações finais dentro do prazo, no último dia 18 de abril, quando, de acordo com o Gaeco, foi encerrada a produção de provas no caso que investiga irregularidades em contratos da Companhia de Desenvolvimento de Ribeirão Preto (Coderp) com a empresa Atmosphera, e acusa as defesas de apresentarem pedidos que teriam retardado a ação.

“Apesar dos graves delitos, da infinidade de provas produzidas do encerramento da instrução, do clamor social e da gravidade do caso, e do empenho de vários setores do Ministério Público de São Paulo, infelizmente, parte dos réus foram soltos”, completa o comunicado do Gaeco.

Atualmente, a Sevandija conta com seis ações penais, nas quais são processadas 47 pessoas, sendo que quatro permanecem presas preventivamente, como é o caso da ex-prefeita de Ribeirão Preto Dárcy Vera.

 


Foto: Arquivo Revide

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