Homem diz que teve bens bloqueados por engano na Operação Sevandija
Petição afirma que terreno de Caraguatatuba, supostamente do ex-secretário Marco Antonio dos Santos, teria outro dono
Em meio à sentença que condenou a ex-prefeita de Ribeirão Preto Dárcy Vera a 18 anos, 9 meses e 10 dias de prisão por acusações referentes a investigações da Operação Sevandija, a ação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público de São Paulo tem um bloqueio de bem questionado na Justiça. É que um homem entrou com uma petição a respeito de um imóvel em Caraguatatuba, no Litoral Norte de São Paulo.
O imóvel foi um dos 70 bloqueados na operação, e é apontado como pertencente ao ex-secretário de Administração de Ribeirão Preto Marco Antonio dos Santos. No entanto, D. S. S. afirma que o imóvel lhe pertence, e que foi adquirido em 2015.
Em petição juntada em um dos processos da Sevandija, Saraiva afirma que celebrou a compra do imóvel em 1º de setembro de 2015 - curiosamente, exato um ano antes da deflagração da operação. No documento, ele informa que adquiriu o terreno de outros vendedores.
Como o local ainda demandava de regularização de alguns documentos, o processo se arrastou desde então, e só em 2018 ele conseguiu iniciar a construção. Porém, há uma semana ele foi notificado por oficiais de Justiça a respeito do bloqueio do imóvel.
“O imóvel objeto da presente petição serve de moradia e abrigo ao requerente, sendo o único imóvel que possui para residir”, afirmam os advogados de Saraiva em petição anexada ao processo.
Os promotores do Gaeco, que solicitam os bloqueios à Justiça, afirmam que todos os bens bloqueados, seja imóveis, veículos ou valores em bancos, estão relacionados aos réus da operação, porém, este caso em específico, seria analisado.
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